Presidente muda roteiro de visita a Venezuela para não ferir a lei
Brasília
Candidato à reeleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva riscou de sua viagem à Venezuela, na terça-feira (4), a visita que faria à ponte rodoferroviária sobre o Rio Orinoco e à linha 4 do Metrô de Caracas, uma obra financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Disposto a evitar a saraivada de acusações dos adversários e problemas com a Justiça Eleitoral, Lula permanecerá em Caracas apenas seis horas, para participar da cerimônia de assinatura do protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul.
A idéia do presidente era ficar na Venezuela dois dias, na terça (4) e na quarta-feira (5). Para comemorar em grande estilo a parceria com o colega Hugo Chávez, Lula pretendia inaugurar a ponte – que fica na fronteira com o Brasil, a cerca de
O projeto da ponte sobre o Rio Orinoco recebeu um financiamento de US$ 384 milhões do Programa de Financiamento às Exportações (Proex), que é do Banco do Brasil. Já a ampliação do Metrô de Caracas contou com US$ 107 milhões do BNDES, causando revolta ao então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, hoje candidato do PSDB a presidente e principal adversário de Lula nas urnas.
Alckmin passou boa parte do ano passado repetindo que o BNDES, no Governo do PT, engavetou um pedido de empréstimo de US$ 150 milhões para construir uma nova linha do Metrô de São Paulo, enquanto despejava dinheiro em Caracas. Na ocasião, o então presidente do BNDES, Guido Mantega – atual ministro da Fazenda –, argumentou que o empréstimo para São Paulo comprometeria as metas de superávit. Ressalvou também que a linha 4 do Metrô de Caracas estava sendo construída por uma empresa brasileira, não vendo motivos para tanta polêmica.
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