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sábado, 8 de julho de 2006

Os Correios loteados -de novo! (veja)

Diante do escândalo de corrupção que desarticulou seu governo, o presidente Lula sempre se comportou como se não soubesse de nada. Na semana passada, ficou a impressão de que, além de não saber de nada, Lula também não aprendeu nada. Na quinta-feira, o Diário Oficial da União publicou a nomeação de uns apaniguados políticos para o comando dos Correios, estatal que serviu de epicentro para o escândalo. Saiu dos Correios a célebre fita de vídeo em que o funcionário Maurício Marinho embolsava uma propina de 3.000 reais e informava que agia como um arrecadador financeiro do PTB de Roberto Jefferson – que, ao ser desmascarado, resolveu denunciar o mensalão. O caso sangrou o governo Lula. Quando VEJA divulgou as imagens da propina desencadeando o escândalo, a direção dos Correios era dividida entre três partidos – PT, PMDB e PTB. Todos foram demitidos e, desde então, o comando da estatal vinha sendo integrado apenas por funcionários e técnicos de carreira.
Diante do escândalo de corrupção que desarticulou seu governo, o presidente Lula sempre se comportou como se não soubesse de nada. Na semana passada, ficou a impressão de que, além de não saber de nada, Lula também não aprendeu nada. Na quinta-feira, o Diário Oficial da União publicou a nomeação de uns apaniguados políticos para o comando dos Correios, estatal que serviu de epicentro para o escândalo. Saiu dos Correios a célebre fita de vídeo em que o funcionário Maurício Marinho embolsava uma propina de 3.000 reais e informava que agia como um arrecadador financeiro do PTB de Roberto Jefferson – que, ao ser desmascarado, resolveu denunciar o mensalão. O caso sangrou o governo Lula. Quando VEJA divulgou as imagens da propina desencadeando o escândalo, a direção dos Correios era dividida entre três partidos – PT, PMDB e PTB. Todos foram demitidos e, desde então, o comando da estatal vinha sendo integrado apenas por funcionários e técnicos de carreira.

Ana Araujo
Roosevelt Pinheiro/ABR
Calheiros e Sarney: presente pelos bons serviços

Agora, o presidente Lula resolveu demitir os técnicos e entregar tudo de volta às mãos dos indicados do PMDB, desprezando o ensinamento histórico de que boa parte dos políticos só se interessa em ter cargos públicos para usá-los em extorsão e trambicagens diversas. No caso dos Correios, além da experiência recente, os números são apetitosos. A estatal é gigante, tem 110.000 empregados, fatura mais de 8,6 bilhões de reais, investe 500 milhões de reais por ano e ainda dispõe de 90 milhões de reais de verba publicitária. Tudo isso, agora, ficará sob o comando dos peemedebistas. Na semana passada, saiu a nomeação do novo presidente e de três diretores. Nesta semana, deve ser publicada a nomeação de outros três diretores. O presente de Lula ao PMDB é uma retribuição à ala governista do partido, liderada por Renan Calheiros e José Sarney, que evitou o lançamento de um candidato peemedebista à Presidência da República e, assim, facilitou a vida eleitoral de Lula.

Revista Veja

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