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sábado, 19 de agosto de 2006

Luís Ignaro em clima de "Já ganhei"-

Pela primeira vez na atual campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, afirmou que vai ganhar no primeiro turno. Lula, que discursou na noite desta sexta-feira para cerca de quatro mil sindicalistas reunidos no Clube Juventus, na Mooca, em São Paulo, advertiu que seus adversários vão apelar na reta final e recomendou usar caneleiras para enfrentar os chutes daqueles que estão perdendo.

- Um general que tem a tropa que eu tenho, representada por vocês, não tem que ter medo da disputa. A luta poderá ser até difícil, mas a vitória é certa. Muito obrigado companheiros e até a vitória, se Deus quiser, em primeiro de outubro - disse Lula.

Todas as pesquisas de intenção de voto apontam a vitória de Lula no primeiro turno, que será realizado em 1º de outubro. O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, seu principal adversário, aparece em segundo lugar e perdeu pontos nas sondagens divulgadas na semana passada.

No resultado da pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira , Lula subiu um ponto percentual, e aparece com 47% das intenções de votos. Alckmin se manteve nos 21%.

No mesmo discurso, o presidente, muito à vontade diante de seu tradicional nicho de apoio, disse que está preparado para enfrentar os ataques da oposição e que terá uma atitude respeitosa na campanha. Prometeu não perder a calma, a ternura e a classe.

- Eu trato todo mundo bem, vocês já viram eu falar mal de algum governador, de algum prefeito, dos meus adversários? - indagou.

Ele usou ainda as costumeiras metáforas de futebol para classificar os adversários.

- Eu sei que eles vão vir para cima de nós dando canelada, porque time que está perdendo parte para o ataque, chuta, quer dar cabeçada. O meu papel é ficar tranqüilo, não fazer falta, não agredir ninguém, não sofrer pênalti... Pode colocar caneleira que eles vão vir com tudo - afirmou, citando o jogo entre São Paulo e Internacional realizado nesta semana

Lula pediu ainda o voto para os deputados federais da base aliada, para reforçar sua base de apoio no segundo mandato.

- É para votar nos deputados estaduais e federais da nossa base. Vocês sabem em quem não é para votar. Tem que votar em quem vai dar sustentação para a

gente lá - pediu Lula.

O encontro com os sindicalistas foi realizado no dia seguinte ao anúncio do Dieese de que 82% dos reajustes salariais ficaram acima da inflação no primeiro semestre deste ano. O ato foi precedido de reunião específica com lideranças da Força Sindical, sempre dividida entre o PT e o PSDB, que levaram apoio à candidatura petista.

- A notícia publicada pelo Dieese me deixou muito orgulhoso porque o que eu não conquistei como dirigente sindical, eu estou podendo contribuir como presidente da República, para que os sindicatos conquistem - disse na reunião com os sindicalistas ligados à Força.

Ele relatou que quando era líder sindical era raro as categorias conseguirem ganhar o equivalente à inflação.

A candidatura também recebeu a adesão do presidente da Social Democracia Sindical (SDS), Enilson Simões, o Alemão, central aliada tradicionalmente aos tucanos. Simões disse que a certeza da realização das reformas e o fracasso do PSDB em São Paulo o levaram a aderir à eleição do petista.

Antes da chegada de Lula ao ato, um grupo de manifestantes da empresa Flaskô, localizada em Sumaré (SP), fez uma manifestação no auditório e foi retirado por seguranças, com agressões. Eles estenderam uma faixa com os dizeres "Lula, cumpra sua palavra na campanha eleitoral. Estatização para salvar todos os empregos das fábricas ocupadas''. Segundo os manifestantes, Lula teria prometido ajudar a empresa e não cumpriu a promessa.

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