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domingo, 24 de setembro de 2006

Dirceu mantém contato com grupo que negociou dossiê

O setor de inteligência e análise de risco de mídia do PT, extinto nesta semana pelo novo coordenador da campanha à reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva, Marco Aurélio Garcia , depois do escândalo da negociação de um dossiê contra tucanos, foi criado pelo PT durante a disputa presidencial de 1989, a primeira disputada por Lula. De acordo com reportagem publicada neste domingo no jornal "O Globo" , o setor foi estruturado no início dos anos 90, sob o comando do ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, então presidente do PT.

Integrantes do comando petista ouvidos pelo jornal "O Globo" relataram que a compra do dossiê contra os tucanos não foi a única operação do grupo de inteligência nesta campanha. Pelo menos outro dossiê também teria sido montado pelo núcleo de investigação.

Ainda segundo a reportagem, dois dias antes da entrevista dos chefes da máfia das ambulâncias na revista "IstoÉ" e da prisão de petistas com R$ 1,7 milhão em São Paulo, José Dirceu já havia antecipado a pessoas próximas que estava para sair uma bomba contra o ex-prefeito e candidato tucano ao governo paulista, José Serra.

Em seu blog, Dirceu nega envolvimento no esquema de inteligência do PT. Mas, no núcleo do partido, são contados vários episódios na direção oposta, confirmando que Dirceu sempre teve participação ativa na área de espionagem política de seus adversários. Exatamente por isso ele teria saído para a entrada de Berzoini.

O grupo também foi integrado por Expedito Afonso Veloso, que até a semana passada era diretor de Gestão de Risco do Banco do Brasil. Eles passaram a recrutar serviços de petistas como o assessor presidencial Freud Godoy, o tesoureiro petista de Cuiabá, Valdebran Padilha, e do ex-agente Gedimar Passos. Todos envolvidos na desastrosa operação da compra do dossiê da família Vedoin contra o PSDB.

2 comentários:

Anônimo disse...

De maoslimpas.
JOSÉ DIRCEU CHAMADO PARA SALVAR CAMPANHA DE LULA

Marco Aurélio Garcia segue orientação do ex-Chefe da Casa Civil


Mauro Aurélio Garcia, substituto de emergência de Ricardo Berzoini
na coordenação da campanha da reeleição, foi a forma mais exeqüível
que Lula encontrou para voltar a contar com a orientação do
ex-Ministro José Dirceu, que dirigiu a campanha eleitoral.

O papel de Garcia é formal, mas ele nada fará, em matéria de
organização e ações sem ouvir José Dirceu, que desde ontem já
começou a atuar, recomendando a mobilização dos chamados "movimentos
sociais", que sempre funcionou como "linha auxiliar" do PT (CUT,
MST, Instituto Ethos, Pastoral da Terra da CNBB).

O fechamento do "setor de inteligência" ("arapongagem", como era
qualificado internamente no PT a área de ações secretas e trabalhos
sujos), determinado por Lula visa evitar a identificação de outras
ações realizadas ou em andamento que possam engrossar o caldo do
"dossiêgate".

A primeira orientação de José Dirceu é "freio geral", evitar
resposta a "provocações", "manter a calma". O princípio é de que a
vitória no primeiro turno já está perdida e é preciso evitar que o
impulso da crise atual seja mantido e favoreça Alckmin no segundo
turno.

CK

Kozel® disse...

Putz os caras estão num desespero por causa desse segundo turno...
Vamos ver o que Lula e sua trupe vão aprontar depois que perderem as eleições...