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quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Heráclito desafia Lula a dizer no debate de quem é o dinheiro do dossiê


O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) desafiou o presidente Lula "a informar ao povo brasileiro", durante o debate na TV Globo com outros candidatos, nesta quinta-feira (28), de quem é o R$ 1,7 milhão apreendido pela Polícia Federal e que seria usado pelo PT na compra de um dossiê contra oposicionistas. Para ele "é óbvio" que o presidente Lula já sabe, pois deve ter perguntado ao seus ex-assessores envolvidos no caso.
Em aparte, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) informou ter solicitado audiência ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para esta quinta-feira (28), quando pedirá explicações sobre a entrada dos dólares que seriam usados no pagamento do dossiê. O senador disse que o silêncio do Banco Central foi interpretado como falta de registro de entrada dos dólares. No entanto, observou, agora a Polícia Federal diz que os dólares entraram legalmente. Para ele, um dos lados não está falando a verdade.
Heráclito Fortes disse esperar com expectativa o confronto, no debate da TV Globo, entre a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), que foi expulsa do PT, com o presidente Lula. Ele acredita que será um reencontro histórico e se perguntou se Lula vai falar da expulsão da senadora.
Heráclito acrescentou ainda que o presidente Lula "agrediu Minas Gerais" ao se comparar a Tiradentes, lembrando que o herói mineiro deu a vida para evitar a derrama e a retirada do ouro do Brasil, enquanto o atual governo "tira dinheiro dos cofres públicos para o 'caixa dois'".
- Tiradentes é o símbolo de uma geração que lutou pela liberdade, enquanto o atual presidente foi símbolo de uma geração que teve esperança de ver um governo dedicado à questão social. O que seu viu foi o contrário: corrupção com destempero - afirmou.
Também em aparte, o senador José Jorge (PFL-PE) observou que, na campanha eleitoral, a coligação do presidente Lula enaltece o trabalho da Polícia Federal, afirmando que nunca um rico havia ido para a cadeia no Brasil.- Eu queria que a campanha dele dissesse quais dos bandidos do PT que cometeram irregularidades foram presos. Não conheço nenhum. Foram pegos e o Palácio do Planalto trabalhou fortemente na Câmara para que eles fossem absolvidos - protestou José Jorge.
Eli Teixeira / Repórter da Agência Senado

4 comentários:

Anônimo disse...

Amigo Kozel,
Sei que a Marisa e o Palloci tiraram passaportes italiano.
Sabe me dizer se Lula e Mercadante também conseguiram?

Cereal

Anônimo disse...

Amigo Kozel,
Sei que a Marisa e o Palloci tiraram passaportes italiano.
Sabe me dizer se Lula e Mercadante também conseguiram?

Cereal

Anônimo disse...

Nota oficial da arquidiocese do Rio de Janeiro
por Dom Assis Lopes em 28 de setembro de 2006

Resumo: É direito do eleitor conhecer seus candidatos e sua atuação. Por outro lado, espera-se de todo candidato a devida transparência em todos os seus atos e propostas.

© 2006 MidiaSemMascara.org


Em setembro de 2005, a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, diretamente subordinada à Presidência da República, encaminhou à Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados um Projeto de Lei elaborado por uma Comissão Tripartite (integrada por representantes dos Poderes Executivo e Legislativo e de entidades da sociedade civil, em cuja participação a Igreja Católica não foi admitida), e que propunha a descriminalização do aborto no Brasil.

No dia 4 de outubro de 2005, a relatora, Deputada Jandira Feghali, apresentou parecer incorporando o relatório dessa Comissão Tripartite a um substitutivo do PL – Projeto de Lei 1135, de 1991, definindo o aborto como um direito da mulher, e propondo extinguir todos os artigos do Código Penal Brasileiro que definem o crime de aborto. Com isto, todos os tipos de aborto deixariam de ser crime e a prática se tornaria legal, por qualquer motivo, em qualquer momento da gravidez, isto é, durante todos os nove meses, desde a concepção até o momento do parto[1].

Diversos grupos da sociedade civil têm se organizado no sentido de tornar conhecida essa atividade, em si mesma pública, da Parlamentar. Na quinta-feira, dia 21 de setembro de 2006, no entanto, a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro foi surpreendida com um Mandado de Busca e Apreensão de "material de propaganda eleitoral em desfavor" da candidata Jandira Feghali ao Senado. Esse Mandado foi conseqüência de uma representação da Coligação "Um Rio Para Todos" (PT, PSB e PC do B) ao TRE – Tribunal Regional Eleitoral.

Em cumprimento ao Mandado de Busca e Apreensão, os Oficiais de Justiça e a Advogada da Coligação vistoriaram todas as dependências da Sede da Arquidiocese, não respeitando nem mesmo o Gabinete Oficial do Eminentíssimo Senhor Cardeal e os Gabinetes dos Excelentíssimos Senhores Bispos Auxiliares. O material procurado não foi encontrado, e não era de autoria nem de responsabilidade da Arquidiocese.

Ontem, dia 25 de setembro, às 15h11min, o Eminentíssimo Senhor Cardeal Dom Eusébio Oscar Scheid, Arcebispo do Rio de Janeiro e o Excelentíssimo Senhor Bispo Auxiliar, Dom Dimas Lara Barbosa, foram notificados do teor da seguinte liminar: que orientem "a todos os párocos, vigários paroquiais e diáconos ou eventuais celebrantes de ofícios religiosos, no sentido de que se abstenham de qualquer tipo de comentário ou referência político-ideológica, sob pena de caracterizar-se desobediência à presente ordem judicial".

Nesse mesmo dia 25 de setembro, no entanto, o Colegiado do próprio TRE cassou essa liminar, por cinco votos a um. Afinal, a Constituição Brasileira foi respeitada e prevaleceu a democracia.

A Arquidiocese do Rio de Janeiro, na fidelidade à sua missão evangélica, reafirma sua posição com relação às eleições 2006 – expressa no documento intitulado "Voto Consciente", distribuído às Paróquias - em que incentiva a participação dos católicos na política e a escolha de candidatos comprometidos com os princípios e valores éticos e cristãos; reafirma, ainda, o ponto principal do documento: o respeito à vida e à dignidade da pessoa humana desde a concepção até a morte natural.

É direito do eleitor conhecer seus candidatos e sua atuação. Por outro lado, espera-se de todo candidato a devida transparência em todos os seus atos e propostas.

Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2006




Dom Assis Lopes

Bispo Auxiliar do Rio e Moderador da Cúria

[1] Esse fato pode ser constatado no site oficial da Câmara dos Deputados:

Anônimo disse...

Os jornalistas deveriam se unir contra o que parece ser a volta da censura. Primeiro foi Larry Rotter, depois Boris Casoy e agora o Estadão noticia a "intimidação oficial" de Clovis Rossi e Herodoto Barbeiro. A alegação de "direito de resposta" vem por trás de patrulhamento inaceitável, com uma aparência jurídica que tenta justifica-lo, para calar opiniões contrárias ou críticas, que até então eram livres no Brasil. Até o orkut e a Igreja são patrulhados e coibidos.Estaremos "venezuelando"?