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segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Tocqueville não previu Osama Dickhead


Em 2 de abril de 1831, o pensador francês Alexis de Tocqueville viajou aos Estados Unidos para escrever um de seus mais importantes estudos: De la démocratie en Amérique. No segundo volume da obra, Tocqueville faz da América um ponto de partida para reflexão geral sobre a democracia e o novo mundo que virá. Ele prevê o reinado da opinião pública, o predomínio do utilitarismo, a degradação da língua, profetiza o império do individualismo, o gosto do privado, vê a condição feminina progredir no sentido de igualdade e insiste que o culto ao dinheiro vai predominar. No campo político, Tocqueville alerta para o perigo que ameaça as sociedades “demasiadamente satisfeitas” em que os cidadãos negligenciam os assuntos públicos, correndo o risco de os políticos ambiciosos se aproveitarem disso; ele encoraja o cidadão a vigiar os líderes e partidos políticos que falam “em nome de uma massa ausente e desatenta”.

Se assistimos pasmados, o pensador francês ficaria mais pasmado ainda com o futuro da América depois do 11 de setembro: nos aeroportos, um vidro de perfume é a terrível arma de destruição; os cidadãos descobriram que milhões de conversas telefônicas estão sendo gravadas em nome da segurança nacional; dados pessoais estão sendo colocadas à disposição das autoridades; as empresas de cartão de crédito fornecem os extratos de compras dos consumidores para a CIA; a passageiros nos metrôs e ônibus, revistas ilegais foram impostas; detectores de metais estão em edifícios, teatros, cinemas e locais de trabalho; as liberdades individuais estão sendo cada vez mais reduzidas,graças ao terrosmo de Mr Osama Dickhead.

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