Pesquisar este blog

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Campanha do Apedeuta ao segundo turno vai ser um fracasso

Quando digo fracasso é por que várias sujeiras ainda serão reveladas diariamente ,coloco aqui dois links e durante a madrugada sairá a Revista Veja,que por certo nos brindará com mais lama petralha.

Os links:

PF de Cuiabá recebe sigilo telefônico de Hamilton Lacerda


PF recebe sigilos de suspeitos de sacarem dólares do dossiê

Um comentário:

Anônimo disse...

Kozel,desculpe por ser grande, mas é quente.
Leandro Colon

A CPI dos Sanguessugas tem a convicção de que o presidente do PT, Ricardo Berzoini, sabia de toda a negociação para a compra do dossiê contra políticos do PSDB e também tinha conhecimento sobre a origem do dinheiro apreendido (R$ 1,7 milhão) na operação. A certeza vem de um cruzamento de dados feito pelos técnicos da CPI sobre o caso. O G1 teve acesso ao “organograma do dossiegate” concluído na noite de quinta-feira (5) pela CPI com a ajuda do software “I2”, de alta tecnologia e usado no Congresso desde a CPI dos Correios.

O software cruzou todas as informações publicadas na imprensa sobre o dossiê, o inquérito na Policia Federal e o conteúdo do banco de dados das CPIs dos Sanguessugas e dos Correios. O mapa traça uma cadeia de 29 pessoas ligadas direta ou indiretamente à compra do dossiê. E a maioria dessas pessoas, de acordo com o cruzamento, chega ao presidente do PT. “Tenho a certeza que o Berzoini sabia de tudo porque esse organograma mostra que as pessoas tinham ligação direta ou indireta com ele. Não tem como não saber”, diz o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), subrelator de sistematização da CPI.

Sampaio recebeu o mapa do "dossiegate" dos técnicos nesta sexta e vai levá-lo a Cuiabá na próxima segunda-feira, quando se reúne com o delegado Diógenes Curado, da Polícia Federal, ao lado de outros três integrantes da CPI: Júlio Delgado (PSB-MG), Vanessa Graziotin (PCdoB-AM), e Paulo Rubem Santiago (PT-PE). O subrelator já tem pelo menos uma pergunta a fazer ao delegado com base no cruzamento dessas informações: “Por quê até agora o Berzoini não perguntou ao Gedimar Pereira e ao Valdebran Padilha sobre a origem do dinheiro?”

Gedimar e Valdebran foram presos no dia 15 de setembro num hotel de São Paulo com R$ 1,1 milhão e US$ 248 mil que seriam usados para a compra do dossiê. O organograma da CPI é claro sobre a ligação de ambos com Berzoini: os dois eram subordinados a Jorge Lorenzetti, na época responsável pela área de análise de risco e mídia da campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Homem de confiança de Berzoini, Lorenzetti deixou a função após o escândalo. Berzoini, então coordenador da campanha de Lula, se afastou do cargo, mas tem negado que soubesse da compra do dossiê e evita falar publicamente sobre o assunto. O cruzamento da CPI ainda ressalta a ligação de Expedito Veloso e Oswaldo Bargas com o presidente do PT. Ambos também participaram da negociação de compra do dossiê. “A origem do dinheiro é ilícita. Ele, Berzoini, que prove o contrário. Tenho clareza do papel dele nessa história”, diz Sampaio.

O mapa será usado como ponto de partida para a investigação da CPI sobre o caso. “Antes tínhamos a visão micro. A novidade é que agora passamos a ter uma visão macro das relações dessas pessoas. É um panorama claro de todos os envolvidos”, explica o subrelator. Segundo ele, após esse cruzamento, ficará mais fácil priorizar as convocações na CPI, com Berzoini no topo da lista. Uma reunião foi marcada para a próxima terça-feira (10) para tentar votar esses requerimentos.

O dinheiro e ex-ministros
O organograma expõe todas as transações financeiras consideradas suspeitas na negociação do dossiê e cita os nomes dos ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci e do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. Os três, segundo o cruzamento de dados, têm ligação direta ou indireta com alguma pessoa ou instituição envolvida. “Isso não os vincula ao dossiê, mas demonstra as referências das pessoas ligadas ao caso”, explica Sampaio. O cruzamento também inclui Freud Godoy, ex-assessor especial de Lula, acusado de participar da negociação de compra do dossiê. O cruzamento da CPI mostra a relação entre as empresas de segurança de Freud e o PT, além dos R$ 98,5 mil que uma de suas empresas recebeu de Marcos Valério em 2003.

O mapa da CPI mostra ainda as informações sobre o conteúdo do próprio dossiê. A CPI cita as suspeitas sobre o empresário Abel Pereira de ligação com a máfia dos sanguessugas. Pereira é ligado a Barjas Negri, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, também suspeito de participar da máfia de compra de ambulâncias superfaturadas com emenda parlamentar. Barjas assumiu o ministério quando José Serra (PSDB) deixou a pasta para disputar as eleições de 2002.
CK