O governador reeleito de Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), que desafiou a orientação de seu partido para apoiar Lula, prepara-se para apresentar a fatura. Depois de obter o compromisso de Lula de autorizar investimentos em estradas, energia e habitação em solo mato-grossense, Maggi reivindica agora a acomodação de apadrinhados seus em cargos federais.
Maggi não almeja nenhum ministério. Mas pensa grande. Eis alguns dos cargos que ambiciona: uma diretoria da Eletronorte; outra do DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura Terrestre); a presidência ou uma diretoria da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), além de postos variados na Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e no Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
Não é só: o governador aguarda ainda para esta terça-feira a celebração de um acordo com Brasília, para a constituição de um seguro de dívidas do setor agrícola. Espera-se a liberação de algo como R$ 4 bilhões ou R$ R$ 5 bilhões. O dinheiro viria do FAT (Fundo de Amparo do Trabalhador).
O governador disse que pretende permanecer no PPS. Segundo ele, o presidente do partido, Roberto Freire (PE), vai ter de rebolar para "achar motivo" que justifique o seu afastamento. "A expulsão, se for esse caminho, vai demorar mais de um ano. Qual o motivo? O PPS não fez discussão de apoio no segundo turno. Fez orientação, deixou em aberto."