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terça-feira, 17 de outubro de 2006

Lula no "Roda Viva"


Com repórteres,em sua maioria petistas,Apedeuta passa por programa de entrevista sem maiores constrangimentos.
Destaque especial para a repórter Tereza Cruvinel,que além de entrevistadora,levantou a bola e ainda ajudou Lula com questões das quais ele não estava inteirado.
Abaixo os principais pontos do programa:
Porque Berzoini saiu

O presidente revelou que afastou o deputado Ricardo Berzoini da coordenação de sua campanha porque o então presidente do PT não conseguiu dar explicações convincentes sobre a compra do dossiê. Lula falou amplamente sobre questões políticas, no caso dossiê e projetos administrativos numa entrevista que durou mais de duas horas.

Uma das questões mais esperadas, a que envolveu o afastamento de Ricardo Berzoini da presidência do Partido e da campanha, mereceu uma resposta objetiva: "Chamei o presidente do partido e perguntei: quero saber quem fez essa burrice. Porque foi de uma sandice inominável. Ele me disse que não sabia. Eu falei: Ricardo, você que é o presidente do partido tem obrigação de apresentar à sociedade brasileira a resposta. Ele não deu e, na quarta-feira, eu o afastei da coordenação da campanha".

A origem do dinheiro

Lula garantiu, ainda, que a Polícia Federal vai trazer a público a origem do dinheiro envolvido na frustrada transação. "A ordem dada à Polícia Federal é que não deixe pedra sobre pedra. Pode demorar um dia, um mês ou um ano, mas que vamos descobrir, vamos", disse. "O método rápido, o pau de arara, acabou porque nós conquistamos isso. Esse país agora tem Ministério Público, Polícia Federal", referindo-se ao período da ditadura, quando a repressão torturava para obter confissão.

Política e ações

O mensalão também entrou em debate e Lula voltou a dizer que em nenhuma reunião que ele tivesse participado se discutiu pagar a qualquer partido político e respondeu a uma pergunta objetiva sobre um episódio: "O que aconteceu foi que o PL pediu ajuda para sua campanha. Eu fiz crítica ao Delúbio porque achei "abominável" fazer acordo com partidos. Essa sandice que acontece na política tem que acabar".

Sobre o envolvimento de integrantes do governo em escândalos políticos, Lula disse que, na medida em que a opinião pública julgou que José Dirceu e Antonio Palocci não podiam mais ficar nos cargos, eles foram afastados: "Não existe amigos para essas coisas. Na hora em que você faz as coisas erradas, paga por elas".

Educação

Lula foi questionado várias vezes sobre questões administrativas e planos de governo. Sobre um dos temas, a educação, admitiu que "ficou em dívida com a sociedade" por ter usado o dinheiro do Fust e Funtel para garantir superávit primário, em vez de destinar os recursos para os seus fins, que são investir na informatização das escolas, mas assegurou que, se for eleito, instalará computadores em todas as escolas públicas e prometeu investir para que cada professor tenha um laptop, financiado a US$ 100 ou US$ 120. "O Brasil não dará salto de qualidade que precisa se não fizermos o que tem de ser feito na educação."

Mas não deixou de destacar as ações desenvolvidas em matéria de avanços em outros campos como o ProUni e o Fundeb.

Denúncias & posição

Uma questão embaraçosa também entrou em debate, envolvendo negociação de seu filho com a Telemar: E Lula foi objetivo:"Vale para o meu filho o que vale para todos os brasileiros. A questão foi muito investigada e não se chegou a nenhuma conclusão de que houve alguma irregularidade no investimento que a Telemar fez na empresa. Não posso tomar as dores do meu filho. Se ele está errado, ele paga. Ao mesmo tempo, não posso impedir que ele trabalhe"

São Bernardo?

Na longa entrevista, gravada no Palácio Alvorada e levada ao ar à noite, ao final, o apresentador Paulo Markum perguntou-lhe (já antecipando que iria dirigir a mesma pergunta a Alckmin) o que ele irá fazer se for derrotado. Lula respondeu dizendo que voltaria para São Bernardo do Campo, embora garantindo que vai ganhar... "Estou tranqüilo, acho que cumpri com a minha função de presidente da República. O povo não está vendo em manchete de jornal, está sentindo é no bolso, está vendo na farmácia, no supermercado, no açougue, porque o povo está comendo mais".

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