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sexta-feira, 20 de outubro de 2006

O desastre da Gol e eleições
Mais uma vez está provado que responsabilizar os pilotos americanos pelo acidente com o Boeing da Gol, tão logo ocorreu a tragédia, foi a única saída que o Palácio do Planalto encontrou para evitar que o assunto despencasse, dois antes do primeiro turno da corrida presidencial, sobre a campanha de Lula, à época fragilizada à época pelo escândalo do Dossiê Cuiabá. Nos últimos dias, o discurso das autoridades federais envolvidas na investigação é bm diferente. O ministro da Defesa, que chegou a afirmar que a culpa era dos pilotos do jato Legacy, disse ontem que por enquanto não há nada comprovado. No contraponto, o jornal O Estado de São Paulo divulgou, dia desses, o conteúdo de uma fita que aponta para uma falha dos controladores de vôo. Resumindo, com a reeleição do presidente Lula quase em céu de brigadeiro, até a verdade sobre o acidente pode aterrissar.
Há algum tempo se fala na precariedade do sistema de tráfego aéreo brasileiro, deixado às moscas por Lula. Denúncias já foram feitas, no ano passado, de que o Governo estaria investindo apenas na estética dos aeroportos, deixando a segurança de lado. Notícias ja´davam conta que um dirigente da Infraero entregou o cargo em 2005, por conta desta situação. Fato é que nenhuma das versões apresentadas até agora, para o que houve com o jato da Gol, é convincente ou pára em pé. Há precariedade nos sistemas de radar; há enorme defasagem no número de operadores de vôo. Estes são os fatos. A possibilidade de erro aí é imensa.