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segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Polícia Federal fabrica tese sobre a origem dos dólares da operação tabajara para tirar o foco da família Lula

Por Jorge Serrrão
Dificilmente será descoberta, oficialmente, a origem exata dos US$ 248 mil e 800 dólares que serviriam para a compra do dossiê Vedoin, na operação tabajara promovida pelos “aloprados” amigos do presidente Lula da Silva. A verdade só virá à tona se for divulgado, sem truques, o completo teor das informações repassadas pela Casa da Moeda dos Estados Unidos ao governo brasileiro. Todas as versões sobre o caso, até agora divulgadas pela imprensa, são inverídicas e parciais. Têm apenas o objetivo de blindar o presidente Lula, afastando qualquer possibilidade de o dinheiro ter vindo de contas correntes, em Miami, de sua filha Lurian, de seu marketeiro virtual Duda Mendonça ou da colaboração de um poderoso banqueiro aliado dos petistas.A nova “revelação”, deixada vazar à imprensa pela banda governista da Polícia Federal, é parcialmente verídica. A PF estaria concentrando suas investigações em três casas de câmbio. Aí começa o conflito de dados. Alguns jornais publicam que uma das empresas se chama Vikatur. Outras que o nome é Vicatur. Uns “informam” que a empresa fica em Nova Iguaçu, município atualmente governado, desde 2004, pelo petista Lindberg Farias. Outros noticiam que a empresa fica em Duque de Caxias, cidade vizinha, na Baixada Fluminense. A in formação correta é Vicatur Cambio e Turismo, que funciona em Nova Iguaçu.Segundo a PF, a empresa sofrerá uma devassa na sua contabilidade e seus proprietários serão chamados a se explicar. As “investigações” sugerem que os “aloprados” do PT usaram pessoas pobres como "laranjas" para adquirir os dólares. A empresa tem cadastro sujo no Banco Central. Já foi denunciada pelo Ministério Público do Rio por operar com um cadastro de pessoas físicas fictícias, os chamados “laranjas”, para a movimentação de dólares.A PF prepara essa tese para convencer a imprensa, e, por conseguinte, a opinião pública, de que o escândalo foi montado por petistas próximos ao presidente Lula, mas que traíram a confiança do candidato do PT. Apenas para “variar um pouco”, faltando seis dias para o segundo turno presidencial, será empurrada goela abaixo dos eleitores a argumentação de que Lula nada sabia sobre a compra do dossiê. Na sexta-feira, a PF encaminhou à Justiça Federal em Mato Grosso relatório parcial sobre as investigações do caso. Nele, o delegado Diógenes Curado, responsável pela investigação, aponta Jorge Lorenzetti, ex-analista de risco e mídia da campanha à reeleição do presidente Lula e churrasqueiro presidencial nas horas vagas, como a "pessoa que articulou em âmbito nacional a compra do dossiê". Lorenzetti terá sua carne queimada, para poupar seu “chefe” de queimar no espeto do inferno da derrota ou de um processo por crime eleitoral.