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sábado, 7 de outubro de 2006

Roseana Sarney pode ser expulsa do PFL por apoiar o Apedeuta

Já vai tarde,a filha do campeão do fisiologismo, mostra que assimilou bem as lições do asqueroso pai
A senadora Roseana Sarney pode nem disputar o segundo turno da eleição para o governo do Maranhão. O PFL abrirá no dia 17 o processo de expulsão da senadora porque ela anunciou oficialmente que apoiará a reeleição do presidente Lula (PT). A intenção é resolver tudo até o dia 29, para que, decidida a punição, seja cassado o registro de Roseana e ela, sem partido, fique impedida de disputar a eleição com Jackson Lago (PDT).


O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse que a decisão de Roseana de dar apoio a Lula é muito grave. E que isso motivou a convocação de uma reunião da Executiva especialmente para decidir sobre os casos de infidelidade partidária no Maranhão. 'Vamos instaurar o processo.'

Como a infidelidade é a falta mais grave, com a pena mais severa - principalmente porque o PFL está coligado com o PSDB e forneceu o senador José Jorge (PE) para a vice na chapa de Geraldo Alckmin -, a alternativa é a expulsão. O próprio Bornhausen explicou que a pena pode ser a expulsão sumária ou a abertura de processo com prazo para a defesa. 'Em qualquer dos casos, tudo terá de ser resolvido até o dia 29', disse.

A escolha da data da reunião da Executiva para o dia 17 tem uma explicação: o PFL quer dar tempo para que Roseana reveja sua decisão de apoiar Lula. Ela, entretanto, dificilmente recuará, dizem seus amigos. Procurada pelo Estado, Roseana não quis fazer comentários a respeito da decisão da cúpula do PFL.

A ligação de Roseana com Lula tem causado crises seguidas no PFL. Há menos de dois anos ela chegou a ser convidada para integrar o ministério de Lula. Falava-se que, para aceitar o convite, Roseana se licenciaria do partido. Não conseguiu. 'Eu disse a ela que no PFL não existe a figura da licença. Ela teria de sair', afirmou Bornhausen.

Filha do senador José Sarney (PMDB-AP), aliado de Lula desde a eleição de 2003, Roseana resistiu a todas as tentativas do PFL de fazê-la apoiar o candidato do PSDB. Em agosto, Alckmin chegou a visitar a senadora na sua casa, na Praia do Calhau, em São Luís. Fez-se acompanhar de Bornhausen, do candidato a vice José Jorge e do senador Heráclito Fortes, todos amigos de Roseana.

Na época, ela não chegou a prometer neutralidade, mas disse que não anunciaria para quem daria o voto para presidente. Mas, no último comício antes do primeiro turno, em São Luís, Roseana pediu votos para Lula. 'Marquem lá, para presidente, o 1 e o 3', ensinou.

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