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sábado, 14 de outubro de 2006

Trombadinha e Alphonse Capone

Sobre o dossiêgate e os mais horrendos crimes e roubos contra os cofres públicos ocorridos em um só governo, neste, sem precedentes na história da República, pretendo fazer alguns poucos comentários, já que, não há por que se alongar, diante da pouca vergonha que tomou conta do país.

Recentemente o ex-presidente Collor disse a uma emissora de rádio em seu Estado que o presidente Lula havia formado a maior quadrilha da história do país, para “atacar” os cofres públicos.

Heloisa Helena, senadora, derrotada no primeiro turno das eleições presidenciais, disse um “punhado” de vezes que Lula é um ser desonesto. Só há corrupção com legislativo (mensalão, propinas, absolvição de deputados ladrões etc.) quando o chefe do executivo é ladrão, disse a senadora.

Antonio Carlos Magalhães, senador do PFL da Bahia discursou inúmeras vezes chamando o presidente de, (perdoem o termo, mas foi esse mesmo) “ladrão e criminoso”. Peço desculpas pelo termo, embora não seja meu, pois sou do tempo em que à figura do presidente era respeitada, estimada, honrada, amada, como as figuras da República e bandeira Nacional.

Hoje, chamar o presidente de ladrão virou moda: O pior é que ele deixa por isso mesmo. Por que o presidente Lula não reagiu conforme a lei? Por que não processou criminalmente os que o acusam, se é que ele tem estrutura para isso? Se for culpado, não adianta processar.

Collor, de quem falei no início, eleito senador, transita hoje de “nariz empinado”. O pior criminoso de ontem, segundo o PT oposição, não passa de um “pobre ladrãozinho de galinhas”, se for o caso. Comparar as falcatruas do governo Collor com as do atual governo, seria o mesmo que comparar as ações de um “trombadinha” com as de Al Capone.

A eleição está aí. Ninguém mais fala da roubalheira e Lula comemora, dizendo que nunca como em seu governo a Polícia Federal agiu e prendeu tanta gente. Não aparece ninguém para dizer que o presidente diz meia verdade, pois a verdade total haveria de dizer também que nunca a PF prendeu tanto porque nunca se roubou tanto.

O povo está anestesiado. Parte dele pelas “esmolas mensais” que deveriam ser substituídas pelo emprego honrado, parte pelo desapego à honra, parte pela descrença na Justiça, parte por ser “torcedora” do time que rouba, mas faz, parte pelas doses massacrantes de propaganda paga com o dinheiro do povo, parte pelo desânimo natural de quem não espera mais nada.

Dinheiro na cueca, caixa dois, cartões de crédito da presidência, caso Lulinha o “riquinho”, mensalão, mensalinho, propinoduto, dólares nas caixas de uísque, o japonesinho pagador das contas do presidente, abertura dos sigilos do caseiro, roubalheira generalizada. Isso não existe mais. Se o presidente, não viu, de nada sabe, deixa pra lá. Quanto ao dossiê e o dinheiro sujo para pagar o dossiê? Quem falou em dossiê? Quem falou em dinheiro sujo para a compra do dossiê? Isso não existe. Ninguém viu; ninguém sabe de nada. Deixa pra lá.

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