Gastos acintosos
Chegam a ser acintosos, diante da penúria dos milhões de brasileiros que sobrevivem às custas do Bolsa Família, programa assistencial reputado pelos analistas políticos como fator número um para a reeleição do presidente Lula, os gastos de campanha declarados pelos deputados federais listados entre os mensaleiros.
Eles conseguiram arrecadar verdadeiras fortunas para garantir a reeleição, e o exemplo mais gritante foi dado pelo deputado Sandro Mabel (PL-GO), que gastou R$ 1.788.812 para obter mais um mandato na Câmara. A seguir, aparece o deputado paulista João Paulo Cunha (PT), cujas contas de campanha fecharam em R$ 1.594.209.
Cunha foi parar na lista dos mensaleiros ao pegar a merreca de R$ 50 mil do valerioduto, deslize que quase lhe valeu a cassação e a perda dos direitos políticos por dez anos. Mas está de volta, na companhia bela dos companheiros petistas de São Paulo, José Mentor (R$ 914.000) e José Genoino (R$ 742.661), além do baiano Paulo Rocha, à época líder do governo constrangido a renunciar para não ser cassado, cujo gasto na campanha atual foi modesto se comparado com os Midas de seu próprio partido: R$ 594.172.
Fulo da vida deve estar o Professor Luizinho (PT-SP), também de triste memória, que gastou a fábula de R$ 848.560, sem merecer, todavia, o crédito dos eleitores. Os eleitores dos demais vivem em outra galáxia, ou não viram nada condenável na atuação dos respectivos parlamentares?
"Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lo."
Nenhum comentário:
Postar um comentário