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quarta-feira, 8 de novembro de 2006

PF OBTÉM QUEBRA DE SIGILO DE TELEFONES DE JORNAL

Do G1

A Polícia Federal tem em mãos o extrato de dois telefones – um celular e um fixo – utilizados por jornalistas da "Folha de S.Paulo", que estão entre os mais de 800 sigilos telefônicos quebrados, com autorização judicial. O telefone fixo fica no Comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados. A assessoria de imprensa não soube informar se o celular é usado, de fato, por um jornalista do periódico paulistano. Por meio da assessoria de imprensa, a PF ressaltou que pediu a quebra de sigilo sem saber de quem eram os telefones. A PF garante que pediu a quebra do sigilo de todas as linhas com chamadas suspeitas feitas para o telefone de Gedimar Passos, ou para quem o próprio Gedimar ligou.
O diretor jurídico da "Folha de S.Paulo", Orlando Molina, classificou a quebra do sigilo telefônico de linhas do jornal em Brasília como "um monitoramento abusivo" do trabalho dos repórteres.

Segundo ele, a divulgação dos extratos das linhas "é uma violação do direito de sigilo da fonte". Molina disse que, nesta quinta (9), encaminhará uma petição à Justiça solicitando, com base na Lei de Imprensa e na Constituição, que os extratos dos telefones não sejam analisados.


Para o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, Guto Camargo, a obrigação profissional do jornalista é telefonar para as fontes, e o fato de haver muitas ligações para o telefone de Gedimar Passos não é suficiente para justificar a quebra do sigilo.

"A PF precisa deixar bem claro os motivos de sua ação, para que não pairem dúvidas", afirmou.
Camargo disse não recriminar a ação da Polícia Federal, desde que seja legal. "Se a investigação estiver dentro da legalidade, não deve ser condenada porque é papel da Polícia Federal investigar", afirmou.

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