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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Bush vem ao Brasil enquadrar Lula, mas seus interesses são os negócios bilionários com álcool combustível

Serrão¨¨

Além de tomar um “whisky cowboy” com seu colega brasileiro, o que é de lei, o presidente George Bush vai aproveitar sua viagem oficial ao Brasil, no próximo dia 8 de março, para dar uma bronca e tratar de negócios. Depois de reclamar da leniência de Lula em não condenar as atitudes beligerantes do presidente venezuelano Hugo Chávez, Bush vai discutir o que realmente lhe interessa pessoalmente: o ingresso da empresa de sua família no lucrativo mercado do álcool como combustível.

O negócio, que deverá resultar em investimentos de US$ 100 bilhões nos próximos cinco anos, interessa diretamente a Bush. Tanto que o irmão dele, o ex-governador da Flórida Jeb Bush, faz parte da Comissão Interamericana do Etanol, cujo diretor-executivo Brian Dean é seu indicado. Quem participa do grupo, pelo lado brasileiro, é Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura. Na visita ao Brasil, será firmado um acordo que incluirá o etanol na lista de bens e serviços ambientais prevista no mandato negociador da Rodada Doha da Organização Mundial de Comércio (OMC).

Os presidentes Lula e Bush devem assinar um memorando na área de etanol que reafirmará o compromisso deles com a abertura de mercados para o biocombustível, o estímulo à pesquisa científica e a criação de normas técnicas internacionais para o comércio do produto. Até o momento, prevalece a resistência dos EUA em aliviar as barreiras comerciais que blindam sua indústria de etanol. A família Bush patrocina a atual dificuldade, para vender cara a futura facilidade. Os Bush querem ser sócios ou adquirir grandes usinas brasileiras, para depois permitir que elas tenham facilidade de entrada no mercado dos EUA, cujo potencial de consumo é de 200 bilhões de litros por ano.

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