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terça-feira, 13 de março de 2007

Nintendo busca parceria com Lulinha

Tudo começou quando a cabeça de Steve Singer rolou. Diretor da Nintendo responsável pela América Latina, ele não conseguiu fazer o Nintendo Wii vender no Brasil como água, a exemplo do que acontece em qualquer país civilizado do mundo. Resultado? Uma comitiva de executivos da Nintendo baixou no Brasil para saber o que rola e tentar alavancar as vendas por aqui já que, se até a Microsoft entrou pra valer no nosso mercado de games, é porque há dinheiro na parada.

Aí é que o carro sai dos trilhos. Com quem os caras da Nintendo vieram conversar? Com o Lulinha, Fábio Luis Lula da Silva, filho do presidente e dono da Gamecorp, empresa deficitária a fundo perdido que registrou prejuízo de R$ 3,479 milhões no mesmo ano em que o grupo Telemar injetou R$ 5 milhões na empresa, mas que mesmo assim conseguiu fechar parceria com o grupo Bandeirantes para formar a nova PlayTV, antigo Rede 21 (que transmite para São Paulo).

Por essas vias tortas do mundo, e por ter sido ‘representante’ do canal de games G4 no Brasil (muito conhecido nos EUA), o povo da Nintendo teria vindo ao País falar com Lulinha para dar um gás nas vendas do Wii e outros consoles da empresa. Tem gente que especula que o filho do presidente poderia assumir no Brasil a operação que é tocada pela panamenha Latamel (distribuidora oficial da Wii neste mercado), a responsável pelos consoles mofando nas lojas ao estabelecer preços tão elevados.

Tem quem diga que é bem menos que isso: talvez a Nintendo só queria estabelecer acordos de divulgação com a Gamecorp para o mercado brasileiro. Só que fontes próximas também disseram que os executivos da empresa também estudam parcerias com cadeias de varejo para trazer consoles e games para o Brasil.

Atualmente funciona assim: a Latamel é a representante autorizada a negociar produtos Nintendo em caráter oficial com os distribuidores da empresa nos EUA, podendo trazer produtos para o Brasil e, uma vez aqui, ela e as revendas estabelecem o preço final, sendo que cada intermediário dessa cadeia retira uma fatia de remuneração (isso, mais os impostos em cascata explicam o preço exorbitante do Wii no varejo nacional).

E qual seria a mudança? Bem, a Nintendo estaria estudando firmar um acordo com uma cadeia de varejo (não sabemos ainda qual) tipo Carrefour ou Wal-Mart. Com uma parceria desse tipo fechada, e com maiores volumes de importação, a Nintendo poderia eliminar um ou dois elos da cadeia que vai do fabricante até o consumidor final, reduzindo também as etapas para cobrança de impostos. Se levada adiante, a transação poderia reduzir o preço de mercado do Wii para algo entre R$ 1200 e R$1500. Ainda salgado, mas em pé de igualdade com o que é praticado pelo ‘importabando’ encontrado em locais como nas lojas da rua Santa Ifigênia.

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