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segunda-feira, 8 de outubro de 2007

A máquina assassina

NOVAS BIOGRAFIAS EXPÕEM “LADO NEGRO” DE CHE

Um lado negro do líder revolucionário Ernesto Che Guevara está sendo exposto em novas biografias que, baseadas em depoimentos de pessoas que conviveram com ele, destoam das memórias enaltecedoras que marcam as comemorações dos 40 anos da morte do guerrilheiro.

Autor de Che Guevara, uma vida revolucionária, o escritor americano Jon Lee Anderson retrata o guerrilheiro como um homem egocêntrico e arrogante. “Eu estabeleço uma analogia entre a figura de Che nos anos 60 a de Osama Bin Laden hoje" diz Lee Anderson.

O ex-agente da CIA Félix Rodríguez, que participou da captura e do interrogatório de Che na Bolívia, conta o seguinte caso: “Há 20 anos, uma mulher se aproximou de mim, em Paris, e me contou como o seu filho de 15 anos foi condenado à morte por escrever contra o governo de Fidel Castro", disse Rodríguez. “Ela conseguiu uma audiência com Che e lhe implorou que deixasse seu filho viver. Era uma sexta-feira e a execução estava prevista para segunda. Quando Che perguntou o nome do rapaz, a mãe acreditou ter conseguido salvar a vida do filho. Ele girou a cabeça e, dirigindo-se a seus soldados, gritou: 'Fuzilem o filho desta senhora hoje mesmo para que ela não tenha que esperar até segunda-feira'”, disse o ex-agente da CIA.

Leia aqui, uma entrevista com Felix Rodriguez: “Eu sabia que ele havia sido uma pessoa extremamente cruel. Há histórias de que, quando estava na Sierra Maestra, fuzilou um menino de 15 anos porque ele havia roubado uma lata de leite condensado”.

LADO “OCULTO”
Outro biógrafo de Che, o jornalista cubano Jacobo Machover, autor do livro El rostro oculto del Che, também destoa das retrospectivas que enaltecem o líder revolucionário no 40º aniversário da sua morte. Na biografia, Machover fala sobre o período mais obscuro da vida de Che, quando ele foi colocado à frente de uma "comissão purificadora" de uma prisão em Havana que, entre outras funções, supervisionava execuções. Durante esse período, segundo Machover, pelo menos 180 pessoas foram fuziladas depois de ser submetidas a julgamentos sumários presididos pelo próprio Che.

O "The Americano", recém-lançado nos EUA, segundo seu autor, o jornalista americano Aran Shetterly, ele afirma que sob o comando de Che Guevara, dezenas de dissidentes e contra-revolucionários foram executados no presídio de La Cabaña. O livro também traz o depoimento de um ex-companheiro de guerrilha de Che, Dariel Jiménez Alarcón, que descreve a frieza mantida pelo comandante durante as execuções que presenciava. "Che subia num muro e, deitado de costas, observava as execuções enquanto fumava um charuto", disse Jiménez. BBC Brasil – Leia mais aqui

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