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domingo, 13 de janeiro de 2008

União gasta R$ 1,2 bilhão com passagens

Brasília - Dos R$ 9,4 bilhões que os três poderes gastaram para custear a máquina administrativa no ano passado, uma parte significativa foi usada com diárias, passagens e locomoção de servidores. Em 2007, a União desembolsou nada menos que R$ 1,2 bilhão com esse tipo de despesa.

Segundo a ONG Contas Abertas, que fez o levantamento e o divulgou ontem, o Poder Executivo lidera os gastos. Só o Ministério da Defesa, de Nelson Jobim, usou R$ 154,1 milhões para comprar bilhetes e passagens. Em segundo lugar ficou o Ministério da Justiça, com R$ 148,9 milhões. Segundo a ONG, a maioria desses valores foram para operações da Polícia Federal.

“Entre 2003 e 2007, os dispêndios contabilizados apenas com diárias aumentaram 33,3%, o equivalente a R$ 155,2 milhões”, diz e entidade, que acompanha os gastos por meio do Siafi, o Sistema Integrado de Administração Financeira. No primeiro ano do primeiro mandato de Lula, a União gastou R$ 466 milhões. No início do novo mandato, foram R$ 652,8 milhões.

A ONG informou que metade das despesas com diárias e passagens se concentra em seis ministérios: Defesa, Justiça, Educação, Saúde, Fazenda e Planejamento. “Os três primeiros respondem por gastos de R$ 431 milhões, ou seja, 35% do total”, diz comunicado da entidade.

Foto: Fábio Alexandre

Haddad: na conta.

Em resposta à ONG, o Ministério da Defesa disse que suas despesas são superiores porque seu orçamento engloba as três Forças Armadas, Exército, Marinha e Aeronáutica mais de 300 mil militares, além da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A assessoria do Ministério da Justiça explicou que 78% dos gastos foram relacionados às ações da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança, que atuaram, inclusive, nos Jogos Pan-Americanos, o que mobilizou muitos agentes para o Rio de Janeiro.

O Ministério da Educação (MEC) ressaltou que os valores gastos pela pasta inclui outros órgãos, como as 53 universidades federais e os 175 centros federais de educação tecnológica.

As viagens do ministro Fernando Haddad, por conta do Programa Caravana da Educação, também pesaram na conta.

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