Poucos brasileiros percebem a conjuntura brasileira. O povão, analfabeto e alienado, só está preocupado em garantir a cerveja e o futebol do próximo fim-de-semana. A grande maioria dos políticos brasileiros, além de não ter a menor intenção de enxergar e aprender, só olham os próprios bolsos ou suas respectivas cuecas.
Mas, no mundo real, no jogo de gente grande, o Brasil perde. E perde muito!
A quadrilha de analfabetos que dirige a nação, só sabe fazer proselitismo e demagogia, em relação a onda econômica positiva que varre o mundo.
Mas, de fato, não enxergam um palmo adiante do nariz. Estão perdendo – mais uma vez - uma oportunidade de ouro.
Assim como a História, a economia também não perdoa. No cenário mundial, no grande ringue da competição das nações, sobressaem os mais fortes, os mais preparados, os mais dinâmicos. O prêmio não é um simples troféu e um bonito diploma entregues num jantar festivo.
Nesta guerra de gente grande, os lugares de destaque significam, em última análise, a prosperidade de povos inteiros. Não é apenas estar incluído no rol das instituições mais estáveis e éticas, ou na lista das maiores corporações, ou dos grandes inventos, e outras conquistas importantes. É plantar, evoluir, consolidar e assegurar o futuro de gerações. Esta seria a verdadeira "política social".
É isso que os políticos brasileiros e, diga-se de passagem, raros sul-americanos conseguem enxergar ou pôr em prática. Raríssimos pensam a longo prazo. Preferem gastar na "bolsa esmola" e manter os seus currais eleitorais, do que criar bases para a autêntica prosperidade.
Dá para consertar?
Condições para isso o Brasil tem. Temos um mercado interno; um setor produtivo dinâmico e amplo; um grau de sofisticação e capacidade de inovação do setor empresarial muito positivos. É verdade que obtivemos isso a duras penas: apesar dos governos, apesar das instituições não-confiáveis e, apesar da sua corrupta burocracia.
Mas, poderíamos ter alcançado isso há 50 anos, ou há duas gerações... afinal, quem liga?
No entanto, ao invés de avançar na classificação dos países competitivos, recuamos. Por quê?
“Nossos indicadores mostram uma falta generalizada de confiança nas instituições públicas, causada pela falta de ética e à ineficiência burocrática” nos informa Irene Mia, responsável pela América Latina na edição 2007 do Relatório de Competitividade Global, do Fórum Econômico Mundial”.
Outro dado grave é o sistema educacional. Só conseguiremos utilizar todo o nosso potencial competitivo quando equacionarmos esse problema.
Entre outros agravantes do nosso atraso competitivo estão: os entraves burocráticos que tolhem em grande monta a atividade empreendedora; o impacto negativo da corrupção generalizada envolvendo “autoridades brasileiras”; os desmandos na gestão do dinheiro público, que acaba comprometendo a infra-estrutura do país; a legislação trabalhista que coloca o país como campeão mundial de processos legais, nesta área; e a própria morosidade do sistema judiciário brasileiro.
A classificação brasileira é, mais uma vez, ridícula. Entre 131 economias analisadas, o Brasil está em 72º lugar! Estão à nossa frente os outros 3 membros do chamado “BRIC”, China, (34º), Índia (48º), Rússia (58º), países que pelas suas características atuais competem diretamente conosco.
Na América Latina estão na nossa frente: o Chile (26º), Porto Rico (36º), México (52º), Panamá (59º), Costa Rica (67º) e Colômbia (69º).
Entram nessa avaliação 12 itens:
Instituições; infra-estrutura; estabilidade macroeconômica; saúde e educação primária; educação superior e treinamento; qualidade de mão-de-obra; eficiência do mercado e tamanho do mercado interno; sofisticação do mercado financeiro; preparo tecnológico; sofisticação empresarial e inovação.
Não há dúvida de que, em alguns desses parâmetros, a posição brasileira é boa. Entretanto, o que vale é a média do conjunto.
Elaborado com o objetivo de identificar os principais fatores que determinam o crescimento econômico e, explicar por que alguns países têm mais êxito que outros, o relatório do WEF tornou-se uma fonte de informações determinante entre as grandes corporações e mesmo instituições multilaterais, quando essas pretendem investir num país.
Ao invés de irem à FIFA em grande (e ridícula) comitiva, expondo-se vossas excelências à verdadeira essência de suas políticas públicas, ou seja: “para o povo pão e circo”, nossos governantes deveriam estar estudando, atentamente, as conclusões desse importante relatório econômico para pô-lo em prática e, assegurar às gerações futuras um nível de vida melhor e mais digno.
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