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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Chávez e Cristina Kirchner na berlinda: Mais uma mala revelada

Caso da mala: mais US$ 4,2 milhões no vôo

Mais de um ano depois de ter protagonizado o escândalo da mala, o empresário venezuelano Guido Alejandro Antonini Wilson prestou depoimento pela primeira vez ontem, nos tribunais de Miami, e revelou informações que complicam a situação dos governos de Cristina Kirchner, da Argentina, e Hugo Chávez, da Venezuela.

O misterioso portador da mala com US$ 790 mil retida pela Polícia Federal argentina em 4 de agosto de 2007, às vésperas da chegada de Chávez a Buenos Aires e em plena campanha eleitoral, confirmou que no avião fretado pelo Estado argentino para transportar funcionários dos dois países havia outros US$ 4,2 milhões, que não teriam sido declarados, como exige a lei da Argentina.

O empresário assegurou que a mala retida no aeroporto metropolitano de Buenos Aires não era sua e sim de Claudio Uberti, ex-funcionário do governo Néstor Kirchner (2003-2007), afastado de seu cargo no Ministério do Planejamento após a descoberta do dinheiro. Para completar, Antonini disse ter estado na Casa Rosada pouco depois do escândalo, onde, segundo ele, recebeu apoio do governo kirchnerista.

Apesar de promotores americanos terem afirmado que o destino do dinheiro de Antonini era a campanha de Cristina, os governos Kirchner e Chávez insistem em negar qualquer vínculo com o portador da mala. Nas últimas semanas, importantes autoridades argentinas se referiram ao empresário venezuelano como um delinqüente que deveria ser julgado pela Justiça argentina. Para Cristina, tudo não passa de uma operação de inteligência que busca abalar o relacionamento de seu governo com Chávez.

Antonini Wilson, que tem cidadania americana e mora em Miami, é a testemunha-chave no julgamento de três venezuelanos e de um uruguaio, acusados de atuar como agentes para encobrir a origem do dinheiro do caso da mala.


O empresário denunciou ao FBI em Miami as pressões do governo da Venezuela e colabora com a Justiça local na investigação do caso.


Wilson gravou, inclusive, seus encontros com os empresários venezuelanos Franklin Durán e Carlos Kauffman, com o advogado venezuelano Moisés Miónica, e com o uruguaio Rodolfo Wanseele, enviados aos Estados Unidos para convencê-lo a ocultar a origem do dinheiro mandado para a Argentina.

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