O motivo real para grampear os telefones do Supremo Tribunal Federal foi o jogo de interesses para definir quem vai ser o controlador final da Brasil Telecom em sua fusão com a Oi. Na reunião no Palácio do Planalto, Gilmar Mendes chegou tão furioso que pensou em apoiar alguma iniciativa da oposição de pedir o impeachment de Lula. No mercado negro das telecomunicações, comenta-se que o grampo contra Gilmar foi uma ordem vinda do Palácio do Planalto. Tal versão já foi devidamente abafada em acordo na reunião de emergência com Lula. Muito mais gente poderosa foi grampeada.
A versão de que o grampo contra Mendes interessaria ao banqueiro Daniel Dantas, do Banco Opportunity, é pura dissimulação. Na CPI dos Grampos da Câmara dos Deputados, o General Jorge Armando Félix, chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência República, defendeu o ex-diretor-geral Paulo Lacerda, afastado da Abin pelo presidente Lula. Félix especulou que funcionários da agência podem ter feito a escuta clandestina à revelia da cúpula do órgão. O crime pode ter sido cometido à revelia de Jorge Félix. Mas nunca à revelia de seus superiores hierárquicos - conforme se comenta no mercado negro das telecomunicações.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou que a Agência Brasileira de Inteligência de comprou ilegalmente maletas de interceptação telefônica. Os equipamentos permitem, por exemplo, interceptar celulares sem depender de autorização das operadoras. As maletas custam em torno de R$ 500 mil e são capazes de decodificar comunicações digitais. As escutas são feitas por intermédio de Estações Rádio Base, instaladas por operadoras em todo o País. Portanto, não adianta colocar técnicos do Exército para verificar se a Agência Brasileira de Inteligência adquiriu equipamentos para fazer escutas telefônicas. Tal investigação é inútil
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