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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Reportagem da Folha

Planalto mandou investigar Dantas, afirma Protógenes

A investigação que culminou na Operação Satiagraha foi aberta por determinação da Presidência da República ao então diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, afirmou o delegado Protógenes Queiroz, responsável pelo inquérito, em depoimento ao Ministério Público Federal.

De acordo com Protógenes, que chefiou os trabalhos até julho deste ano, quando foi afastado por suspeitas de irregularidades na condução do caso, o ponto de partida da investigação foram informes repassados ao Planalto pela Abin (Agência Brasileira de Investigação). Protógenes não revelou o nome de quem teria dado a ordem.

Deflagrada em 8 de julho, depois de quatro anos de investigações, a Satiagraha teve como principal alvo o banqueiro Daniel Dantas, preso duas vezes preventivamente por ordem da Justiça, atendendo a pedidos do delegado Protógenes.

Em 2004, quando começou a apuração, Dantas estava em pé de guerra com o governo, em meio à disputa que travava com fundos de pensão estatais pelo controle da Brasil Telecom. À época, foi acusado de ter mandado grampear integrantes do primeiro escalão.

Lacerda, que ano passado trocou a PF pelo comando da Abin, cargo do qual está afastado, negou que tenha recebido qualquer ordem da Presidência. Por meio de sua assessoria, disse que a Satiagraha é um desdobramento da Operação Chacal que, em outubro de 2004, apreendeu computadores na sede do Banco Opportunity, de Dantas. Lacerda afirmou ainda que nunca conversou sobre o tema com Protógenes. No depoimento, Protógenes não especifica o momento da suposta ordem. O Planalto não se manifestou.

Nota do blog:Gilberto Carvalho é o braço direito do chefão nessa estória,

Ontem, o relator na Comissão de Ética Pública, Roberto de Figueiredo Caldas, propôs o arquivamento do processo, aberto em agosto, contra o chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho.

O conselheiro Caldas garante que Gilberto não infringiu preceitos éticos ao atender pedido do ex-deputado José Eduardo Greenhalgh, advogado do Grupo Opportunity, investigado na Operação Satyagraha, da Polícia Federal. Greenhalgh pediu a Gilberto que verificasse se o governo estava fazendo investigação sobre seu cliente, Humberto Braz, um dos principais assessores do banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity. A conversa dos dois foi gravada em escuta telefônica autorizada pela Justiça.

A Comissão de Ética Pública só tomará uma decisão definitiva sobre o caso na próxima reunião, dia 29 de outubro. Por enquanto, o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence (ex-ministro do STF), apenas advertiu que o voto de Caldas não aponta irregularidades no comportamento de Gilberto Carvalho – que é mestre em se salvar de envolvimento em todos os escândalos. Desde o assassinato de Celso Daniel (cadáver politicamente insepulto da República Sindicalista), passando pelo também impune escândalo do Mensalão, até a recente operação contra Daniel Dantas – banqueiro concorrente da turma do Planalto nos negócios de fusão da Oi com a Brasil Telecom.
Aguardo ansioso a reportagem de VEJA,que no próximo sábado, deve dar mais detalhes insiders dessa trama suja,que quase não tem destaque na mídia amestrada.

Um comentário:

Anônimo disse...

mas ele apresentou provas?
esse disse que disse é só enrolação,ao final todos saem ilesos