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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Entreguismo:Índios são cortina de fumaça


O governo vendeu a Amazônia e agora está se preparando para entregar a região aos estrangeiros. Os índios de Roraima, na verdade, são desculpa para a política entreguista do governo”. O desabafo do arrozeiro e atual prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartiero, define com precisão a derrota sofrida ontem pelos defensores da soberania nacional na suprema corte brasileira. O decreto de homologação da reserva Raposa do Sol em terras contínuas foi assinado pelo chefão Lula da Silva, em 2005, e, agora, sacramentado pelo Supremo Tribunal Federal.

O STF resolveu juridicamente, contra o interesse nacional, um con­flito em torno da demarcação das terras indígenas que já se arrasta há 31 anos. Dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal, oito votaram pela demarcação contínua da reserva Raposa Serra do Sol – conforme queria o desgoverno Lula. Mesmo com o julgamento interrompido por um pedido de vista do ministro Marco Aurélio para só ser concluído em 2009, os ministros já decidiram que os não-índios, entre eles os produtores de arroz, terão de deixar as terras.

Oito dos 11 empregados vitalícios do STF que votaram ontem defenderam o modelo indígena entreguista: o relator Carlos Ayres Britto, Carlos Alberto Menezes Direito, Carmen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Joaquim Barbosa, Cezar Peluso e Ellen Gracie. Faltam três votos: os dos ministros Marco Aurélio de Mello, que pediu vista, de Celso de Mello, que esperaria o colega devolver o pedido de vista para votar, e o do presidente da corte, Gilmar Mendes, que normalmente aguarda os pedidos de vista.

No Surumu, foco de tensões na Raposa Sena do Sol, os silvícolas aculturados – que precisam de um território de 1,7 milhão de hectares cheios de riquezas naturais e minerais para viver, na tese de ONGs e da Funai - acompanharam por telefone o julgamento no STF. No final, os índios comemoraram com a dança da vitória. Na verdade, quem dançou foram os fazendeiros que agora lutarão, na Justiça, por uma indenização de R$ 53 milhões por benfeitorias na região - pelas quais a Funai quer pagar pouco mais de R$ 1 milhão.

Um comentário:

Anônimo disse...

O CONGRESSO DEVERIA PROPÔR
MUDAR O NOME DA CAPITAL
FEDERAL DE BRASILIA PARA
QUADRILIA.