Pesquisar este blog

terça-feira, 25 de julho de 2006

Índio Morales só subirá o preço do gás depois da suposta eleição do Apedeuta

Bolívia evitará pressão sobre o gás para não prejudicar Lula

O ministro boliviano de Planejamento, Carlos Villegas, afirmou que o governo de seu país não pressionará o Brasil nas negociações do aumento do preço do gás porque não quer prejudicar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo ele, "não convém" à Bolívia e à América Latina que Lula perca a eleição. "Ele tem que ir bem porque isso significa um apoio a todos os países", disse ao jornal La Prensa. Ele afirmou que as negociações sobre o gás continuarão, mas que La Paz não será "absolutista".

"Entendemos que Lula está passando por um momento muito delicado no Brasil. Não pela votação, não pelas pesquisas, e sim porque depois da nacionalização dos hidrocarbonetos os setores mais conservadores do Brasil lhe criticaram duramente, a ponto de acharem que teve um atitude benevolente com a Bolívia", disse o ministro em uma referência à decisão boliviana de nacionalizar as reservas de gás e petróleo, anunciada em 1° de maio.

Não é a primeira vez que o governo de Evo Morales dá sinais de que não quer que as discussões sobre o gás interfiram na reeleição de Lula. Há duas semanas, o presidente da estatal petrolífera YPFB, Jorge Alvarado, disse que era "provável" que as conversas continuassem até dezembro (depois da eleição brasileira), apesar de que o prazo para que as duas partes cheguem a um acordo sem arbitragem se esgota no início do próximo mês.

A Bolívia, que já chegou a dizer que pretendia receber US$ 7,50 por milhão de BTU, recuou de sua posição e hoje pede US$ 5, mesmo valor que foi acertado com a Argentina. "A negociação é complicada, Lula se coloca de forma dura porque não quer perder votos", disse no começo do mês o ministro dos Hidrocarbonetos, Andrés Soliz. A Petrobras afirma que não aceita aumentar os atuais US$ 4, preço que entrou em vigor no início deste mês.

Nenhum comentário: