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terça-feira, 22 de agosto de 2006

Até quando índios bolivianos vão dar as cartas ao povo brasileiro(que não tem governo)?

Os índios agora querem 9 milhões(obras sociais)para saírem do gasoduto ,Lula convida Morales, que estará aqui em setembro,e ainda investe mais na Bolívia.

Abaixo íntegra da matéria do Valor Econômico:

A Petrobras e o governo da Bolívia garantiram ontem que o fornecimento de gás para o Brasil não será afetado pela ocupação de uma estação onde ficam válvulas do gasoduto Yacuíba-Rio Grande, por índios guaranis. O gasoduto pertence à empresa Transierra, uma associação da Petrobras (42,5%) com a Repsol e a Total, que leva gás do interior da Bolívia até o gasoduto Bolívia Brasil.

O duto transporta entre 16 milhões e 17 milhões de metros cúbicos de gás natural e foi tomado pelos índios pelo rio Parapetí, a cerca 1,1 mil quilômetros de La Paz.

"Não acreditamos que haja ameaça provável de corte de abastecimento. Sempre enfatizo a confiança que temos no abastecimento, mesmo em situações críticas, como a de hoje com os índios guaranis", disse ontem o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo.

Segundo ele, a desocupação da Estação Operacional de Parapetí deve ser feita pelo governo daquele país. O ministro do Desenvolvimento Rural da Bolívia, Hugo Salvatierra, se reuniu ontem com os grupos guaranis e cobrou a desocupação. "Isso não pode continuar. O dano seria enorme para o país. Não à empresa, mas ao país", disse Salvatierra à agência de notícias France Presse.

Representantes da Assembléia do Povo Guarani (APG) ameaçaram fechar as válvulas da estação se as reivindicações não forem atendidas. Os guaranis afirmam que a Transierra dificulta a liberação de US$ 9 milhões devidos às comunidades indígenas para a execução de obras sociais.

Uma fonte do Valor explicou que o acordo firmado entre a Transierra e as comunidades indígenas ao longo do trajeto do gasoduto, previa investimentos em projetos sociais (e não em dinheiro) de US$ 450 mil por ano, em média, ao longo dos 20 anos de concessão. É esse dinheiro que os índios querem agora, de uma vez.

O presidente da Assembléia do Povo Guarani, Wilson Changaray, que lidera o protesto, disse, conforme a rádio "Fides", que os guaranis que chegaram à estação de controle do gasoduto eram mais de 500, "dispostos a fazer valer seus direitos, porque a Transierra não cumpriu com seus compromissos, sem desembolsar sequer um peso do acertado".

Os preços do petróleo voltaram a subir ontem. Os preços foram estimulados por notícias de que o governo do Irã dará continuidade ao seu programa nuclear, atraindo possíveis represálias contra o quarto maior produtor global da commodity.

O Conselho de Segurança da ONU pediu ao Irã para suspender seu projeto nuclear até o dia 31 de agosto, o segundo prazo estipulado, aumentando a probabilidade de uma punição pelo conselho caso o prazo não seja cumprido.

Em Nova York, os contratos com entrega em setembro fecharam o pregão com alta de US$ 1,31, avançando para US$ 72,45 por barril. Em Londres, os contratos do tipo Brent com vencimento em outubro exibiram alta de US$ 1,08 e finalizaram a US$ 73,38 por barril.

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