Abaixo íntegra da matéria do Valor Econômico:
A
O duto transporta entre 16 milhões e 17 milhões de metros cúbicos de gás natural e foi tomado pelos índios pelo rio Parapetí, a cerca 1,1 mil quilômetros de La Paz.
"Não acreditamos que haja ameaça provável de corte de abastecimento. Sempre enfatizo a confiança que temos no abastecimento, mesmo em situações críticas, como a de hoje com os índios guaranis", disse ontem o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo.
Segundo ele, a desocupação da Estação Operacional de Parapetí deve ser feita pelo governo daquele país. O ministro do Desenvolvimento Rural da Bolívia, Hugo Salvatierra, se reuniu ontem com os grupos guaranis e cobrou a desocupação. "Isso não pode continuar. O dano seria enorme para o país. Não à empresa, mas ao país", disse Salvatierra à agência de notícias France Presse.
Representantes da Assembléia do Povo Guarani (APG) ameaçaram fechar as válvulas da estação se as reivindicações não forem atendidas. Os guaranis afirmam que a Transierra dificulta a liberação de US$ 9 milhões devidos às comunidades indígenas para a execução de obras sociais.
Uma fonte do Valor explicou que o acordo firmado entre a Transierra e as comunidades indígenas ao longo do trajeto do gasoduto, previa investimentos em projetos sociais (e não em dinheiro) de US$ 450 mil por ano, em média, ao longo dos 20 anos de concessão. É esse dinheiro que os índios querem agora, de uma vez.
O presidente da Assembléia do Povo Guarani, Wilson Changaray, que lidera o protesto, disse, conforme a rádio "Fides", que os guaranis que chegaram à estação de controle do gasoduto eram mais de 500, "dispostos a fazer valer seus direitos, porque a Transierra não cumpriu com seus compromissos, sem desembolsar sequer um peso do acertado".
Os preços do petróleo voltaram a subir ontem. Os preços foram estimulados por notícias de que o governo do Irã dará continuidade ao seu programa nuclear, atraindo possíveis represálias contra o quarto maior produtor global da commodity.
O Conselho de Segurança da ONU pediu ao Irã para suspender seu projeto nuclear até o dia 31 de agosto, o segundo prazo estipulado, aumentando a probabilidade de uma punição pelo conselho caso o prazo não seja cumprido.
Em Nova York, os contratos com entrega em setembro fecharam o pregão com alta de US$ 1,31, avançando para US$ 72,45 por barril. Em Londres, os contratos do tipo Brent com vencimento em outubro exibiram alta de US$ 1,08 e finalizaram a US$ 73,38 por barril.
Nenhum comentário:
Postar um comentário