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quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Okamoto :CCJ é última esperança para incriminar o pagador do Apedeuta

Partidos de oposição - PSDB e PFL – estão prontos para esquentar a campanha eleitoral e resgatar um dos maiores escândalos ocorridos no governo petista: o pagamento da dívida de 29.400 reais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o PT feito pelo presidente do Sebrae, Paulo Okamotto. Tucanos e pefelistas querem a convocação de Okamoto, para depor na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Para a oposição, as versões dadas até o momento sobre o empréstimo são conflitantes e devem ser esclarecidas.

O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), classificou como uma tentativa de ataque eleitoral ao presidente Lula a postura da oposição no Senado de entrar com representação contra Okamotto. "A oposição tenta derradeiras manobras para tentar convencer a opinião pública daquilo de que a opinião pública nunca se convenceu: de que houve um processo de corrupção envolvendo o presidente Lula e pessoas de sua relação política e pessoal." Para Berzoini, os adversários vão tentar fazer essa associação até o limite. "Mas isso não cola."

Explicação - Em novembro, Okamoto foi convocado para depor na CPI dos Bingos para falar sobre o assunto e explicar por que quitara dívida de Lula com o PT. Ele assumiu a autoria do pagamento e disse que o presidente não sabia de nada. Disse que pagou em dinheiro ao partido, sacado de sua própria conta. O empréstimo constou da prestação de contas enviada pelo PT à Justiça Eleitoral em 2003.

Em entrevista ao Jornal Nacional, da Globo, na quinta passada, Lula disse que sabia da dívida e teria repassado a Okamotto a decisão de pagá-la ou não. "Quer pagar, você paga, porque eu não vou pagar, porque não devo ao PT", disse Lula. Depois da entrevista de Lula ao Jornal Nacional, Okamotto informou que não falaria sobre o assunto.

Como a CPI dos Bingos já foi encerrada, a CCJ é o foro apropriado para argumentar que Okamotto cometeu crime de perjúrio (falso testemunho). Antes de prestar depoimento à CPI, o depoente é obrigado a assinar um termo no qual se compromete a dizer a verdade. Pelo regimento da CCJ, Okamotto seria "convidado", o que não o obriga a comparecer.


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