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quinta-feira, 17 de agosto de 2006

PT faz vista grossa aos seus sanguessugas

Ricardo Berzoini, o presidente do PT, dissera dias atrás que aguardaria a conclusão
da CPI dasSanguessugas para decidir como o partido se posicionaria em relação aos
petistas acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias. Nesta quarta-feira,
Berzoini mudou o rumo de sua prosa. Já não tem pressa.

São dois os petistas encrencados: a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), acusada
de receber R$ 35 mil da quadrilha das ambulâncias superfaturadas, e deputado
João Grandão (PT-MS), apontado como beneficiário de R$ 25 mil.

"Nossa posição com relação a essas pessoas é que eles têm o direito de defesa,
que vão exercer junto ao parlamento e a Justiça', disse Berzoini, conforme relato
de Andreza Matais (da Folha de S. Paulo). Quanto ao julgamento político do PT,
nem há prazo para que ocorra "nem a preocupação de resolver isso agora".

O PT segue o padrão adotado em relação à sua bancada mensaleira.
No rastro das revelações de Roberto Jefferson (PTB-RJ), o petismo
ensaiara um comportamento mais condizente com o seu passado.
Em rápida interinidade na presidência do PT, Tarso Genro prometera
“refundar” a legenda. Congressistas suspeitos não disputariam a eleição
de 2006 à sombra da estrela e do número 13.

Durou pouco, pouquíssimo, a disposição moralizadora. Guindado à presidência
do PT, Berzoini passou a administrar o fenômeno do mensalismo com a barriga.
Jogou-se Delúbio ‘dinheiro não contabilizado’ Soares ao mar. Silvinho ‘Land Rover’
Pereira pulou do navio antes que fosse empurrado. E ficou nisso.

Hoje, os petistas encalacrados, além de concorrer à reeleição, contam com
a defesa intransigente do partido
. O partido não hesitou, por exemplo, em mover ação contra a Transparência Brasil por conta de uma campanha
em que a entidade desaconselha o voto em mensaleiros e outros bichos.

O PT indignou-se com a louvável iniciativa da Transparência de levar à sua página na internet o “Projeto Excelências”,
que oferece informações ao eleitorado acerca da biografia dos candidatos à Câmara Federal.
Ou seja, além de preservar os seus filiados suspeitos, o partido deseja sonegar ao público o sagrado direito à informação.

Um comentário:

Anônimo disse...

E ainda se diziam "o partido da ética", da transparência.
Nunca "nestpaiz" se viu um partido tão anti-ético.
Pobre do Brasil se essa gentalha ficar mais 4 anos... Vão se enraizar de tal forma que será difícil arrancá-los do Planalto.
É o partidos do "dois pesos, duas medidas"... Justiça para os outros; para eles, a tolerância, o perdão. Bando de sacripantas...

Ciça