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sábado, 30 de setembro de 2006

Do blog do Josias-Eleição eletrizante


Duas pesquisas divulgadas há pouco –Datafolha e Ibope— pelo Jornal Nacional ( assista aqui e aqui) revelam que há um quadro de empate entre os votos atribuídos a Lula e à soma de seus adversários. Ou seja, é impossível prever se haverá ou não um segundo turno. O presidente da República precisa rezar para que a coisa se defina já. Do contrário, corre sérios riscos de arrostar uma derrota.

O Datafolha simulou o eventual segundo turno entre Lula e Geraldo Alckmin. Informa que o presidente teria 49% dos votos, contra 44% do adversário tucano. Uma diferença de escassos cinco pontos. Com uma agravante: Lula está em curva descendente. Alckmin, ascendente. Há três dias, na mesma simulação, Lula aparecia com 52% dos votos; Alckmin, 41%.

A julgar pelos números do Datafolha, é impossível dizer se a eleição deste domingo será ou não definida no primeiro turno. A soma dos votos atribuídos a Lula (50%) é exatamente igual ao percentual atribuído a todos os seus adversários juntos (50%). Lula caiu três pontos em três dias. No dia 27, tinha 49% das intenções de voto. Hoje, tem 46%. Alckmin tinha 33% e oscilou para 35%, dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos para mais ou para menos.

Pelos números do Ibope, a soma de todos os outros candidatos (50%) supera em um ponto o percentual de votos atribuídos a Lula (49%). Também por essa sondagem, Lula teria perdido três pontos percentuais nos últimos três dias. Foi de 48% para 45%. Alckmin também oscilou dois pontos para cima: de 32% para 34%. De novo, dentro da margem de erro, que é de dois pontos.

Lula chega às urnas em posição menos confortável do que gostaria. Deve a corrosão do seu índice de intenção de votos aos “aloprados” do PT. A tentativa de compra do dossiê contra políticos do PSDB reavivou no imaginário do eleitor perversões que o eleitor parecia disposto a negligenciar.

De resto, Lula deve estar se condoendo por não ter comparecido ao último debate televisivo entre os presidenciáveis, na última quinta-feira. Teria apanhado dos adversários do mesmo jeito. Mas não teria ficado indefeso. Se o presidente porventura perder esta eleição, terá sido derrotado pelo PT e por si próprio.

Deve-se realçar que pesquisas são o que são: apenas pesquisas. Só as urnas dirão o que pensa o eleitor. Assim, esperemos mais algumas horas para saber o que vem por aí. De todo modo, uma eleição que parecia gelada vai ganhando contornos de batalha sangrenta.

Um comentário:

Anônimo disse...

A batalha sangrenta será segunda feira em São Paulo.
Seria bom deslocar as tropas que amanhã estarão garantindo o pleito nos Estados para SP.
CK