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domingo, 3 de setembro de 2006

Eu sou Lula amanhã


Juan BARRETO / afp
Hugo Chávez fala como se já estivesse no segundo mandato




Chávez quer mudar Constituição

para ser presidente até morrer


Opresidente venezuelano, Hugo Chávez, que em Agosto de 2004 viu o seu cargo ratificado com 60% dos votos, promete solicitar um referendo para tentar que a sua reeleição seja "indefinida" no caso de vencer as eleições do próximo dia 3 de Dezembro.

Com essa proposta, Chávez assume que pretende promover uma reforma constitucional para que deixe de haver limites ao número de vezes (atualmente restrito a dois mandatos) que um presidente possa ser reeleito.

Essa promessa foi feita, anteontem, em Caracas, a uma multidão que o recebeu regressado de Cuba e após o périplo que fez por vários países.

Vestido com a sua habitual camisa vermelha, o presidente venezuelano fez duas perguntas aos apoiantes "Está de acordo com que Hugo Chávez volte a ser reeleito para um próximo mandato?", e, "Se a resposta anterior é positiva, está de acordo com que Hugo Chávez volte a reeleger-se para o próximo mandato?". A multidão respondeu duas vezes "Sim", ao que o presidente venezuelano afirmou: "Se a maioria diz sim, teria então que modificar a Constituição com a aprovação do povo, para que a reeleição presidencial na Venezuela seja indefinida".

Chávez aparece como favorito nas sondagens sobre as eleições presidenciais de 3 de Dezembro, mantendo elevados índices de popularidade sobretudo desde que em 2004 venceu um referendo, proposto por milhões de assinaturas recolhidas pelos seus adversários que o acusavam de ter manipulado as eleições.

No encontro de anteontem, em Caracas, assumiu o seu favoritismo às eleições e prometeu que, em 2010, quando completar três anos do próximo mandato (2077-2013), como manda a lei, será ele mesmo a solicitar um referendo popular para perguntar aos venezuelanos se concorda que ele continue a ser presidente e se possa recandidatar.

Chávez pretende assim utilizar a possibilidade deixada em aberto pela Constituição venezuelana, de 1999, que estabelece que se possam realizar referendos consultivos e revogatórios. Este último, só a partir de metade dos seis anos do mandato presidencial.


Promessa de Rosales

Manuel Rosales é, entre os outros 21 candidatos da Oposição às eleições do próximo dia 3 de Dezembro, aquele que mais votos reúne entre os adversários de Chávez.

Em entrevista à BBC, o governador do Estado petrolífero de Zulia recusa ser classificado como "o candidato do Império" (norte-americano) e tenta conquistar votos entre os apoiantes de Chávez dizendo que "não se vai sentar no colo de George W. Bush"., embora também acrescente (em referência ao presidente venezuelano) que também "não se vai sentar no colo de Fidel Castro".

"Terei respeito por todos os países e prometo uma mudança completa nas relações externas da Venezuela", diz Morales, que não parece preocupado com o resultado da última sondagem que o dá a quase 40 pontos de distância de Hugo Chávez (com 1,8% dos votos, contra 56,8% do presidente venezuelano.)

do português Jornal de Notícias

Um comentário:

Anônimo disse...

Pois é... Fizeram uma pesquisa e descobriram que o povo sul-americano prefere uma boa ditadura à uma democracia mulambenta. Taí, os mequetrefes-mor latinos já estão se assanhando. Já prevejo mais dois invejando o Xaveco.
Acorda, povo!...

Ciça