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quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Exageros na gastança eleitoral na campanha têm aval da senadora espírito-de-porco

- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva empenhou, de janeiro a agosto, em investimento público, 91,3% a mais do que no mesmo período do ano passado. Já o total pago pelo governo federal no ano eleitoral supera em 70% o que foi liberado em 2005, reforçando ainda mais a tese da oposição de que os investimentos de Lula e do PT não são fruto de estratégia administrativa, mas parte do projeto de reeleição.

De acordo com levantamento da Associação Contas Abertas, realizado a pedido do Jornal do Brasil, no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), até agosto do ano passado o governo Lula havia empenhado R$ 5,5 bilhões em investimentos, dos quais R$ 4,1 bilhões foram pagos. Neste ano, o valor empenhado já está em R$ 10,6 bilhões. Do total, foram liquidados R$ 7,2 bilhões.

- Correto era que fosse sempre assim, não só em ano eleitoral - lamenta o vice-presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base (Abdib), Ralph Lima Terra.

Para o executivo, que participou ontem em São Paulo do lançamento da agenda da infra-estrutura para os próximos quatro anos, os recursos não são capazes de atender às necessidades do setor, mesmo com a ampliação dos investimentos no ano eleitoral.

- Falta o Estado investir muito mais em áreas como saneamento, energia elétrica, gás, petróleo e criar condições para o investimento privado - declara Lima Terra.

O valor pago até o mês passado supera em R$ 3,1 bilhões os investimentos registrados até agosto de 2005. Em 2004, os valores gastos em investimentos foram semelhantes aos de 2005. Somaram R$ 4,4 bilhões. Em 2003, os investimentos foram mais acanhados. Ficaram em R$ 2,6 bilhões. O governo acelerou o ritmo da liberação de recursos em junho deste ano, conforme antecipou este jornal, em razão da corrida contra o tempo para liberar verbas até o limite estabelecido pela lei eleitoral - dia 30 daquele mês. Em junho, o governo aplicou R$ 1,3 bilhão em investimentos, contra R$ 959 milhões do mês anterior e R$ 833 milhões em abril.

Mas as restrições impostas pela lei eleitoral não impediram o governo de reabrir a torneira dos recursos nos meses seguintes. Em julho, foram aplicados R$ 917 milhões em investimentos. Em agosto, o valor saltou para R$ 1,1 bilhão. Para a líder do PT no Senado, senadora Ideli Salvatti (SC), a lei eleitoral induz um investimento maior no primeiro semestre. Como a exigência da lei precisa ser respeitada, argumenta a senadora, os governos acabam concentrando os gastos nos primeiros meses do ano. Em relação às críticas da oposição, a senadora disse que a gritaria dos adversários se dá por qualquer motivo.

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