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domingo, 24 de setembro de 2006

O Governo do Crime Organizado no Brasil

O próximo governo já começa acabado, antes mesmo de começar. A previsão de desgaste é líquida e certa. Não se trata de pessimismo, mas de uma avaliação objetiva de uma realidade que parece muito subjetiva para muitos ignorantes do sistema de poder mundial que controla, realmente, o Brasil. Se Lula da Silva for reeleito, não terá condições éticas, morais e políticas de governar. Se outro adversário ganhar (Geraldo Alckmin) vai se sentir, literalmente, como um picolé de chuchu em uma “gelada institucional”.

A governabilidade da pretensa oposição ao atual grupo no poder será dificultada por três fatores: a máquina do PT no poder, que dificilmente será desmontada com a eventual derrota; a oposição radical dos chamados “movimentos sociais” que vão para a rua desestabilizar o “inimigo”; e a explosão do “quarto elemento”, que é o crime organizado, agindo contra um governo que não tem instituições preparadas para responder, de modo rápido e eficaz, a um ataque desestabilizador.

Um outro detalhe fundamental deve ser lembrado quando se desenha um cenário provável para o próximo governo (ou desgoverno). Nenhum dos candidatos favoritos à Presidência indicou caminhos objetivos para a conquista da soberania e da autodeterminação do Brasil, tendo projetos de desenvolvimento a partir destes dois pressupostos. Aliás, nenhum deles consegue “pensar” o Brasil e apresentar soluções objetivas para o País. E o motivo é simples. Nossa classe política é formada por bonecos do ventríloco. Nossos políticos profissionais são marionetes do poder mundial.

A oligarquia política brasileira (tenha o verniz ideológico de direita, centro, democrata-cristão, social-democrata ou de esquerda) obedece a um mesmo controlador externo e ocupa o governo no Brasil representando os interesses globais e anti-nacionais. Por isso, “nossos” governantes mantêm o Brasil, que é um País rico, artificialmente na miséria e sempre pronto a ter seus recursos explorados. O papel de entreguista é uma característica histórica dos nossos dirigentes políticos. Suas ideologias (oferecidas ao cidadão-eleitor-contribuinte como mercadoria político-eleitoral) são meros instrumentos de dominação daqueles que nos governam e controlam, de fato, mesmo sem direito).

Não importa quem vença a eleição no Brasil - Lula é o grande favorito -, os interesses estrangeiros estão bem amarrados nos apoios de grandes grupos de poder internacionais aos principais candidatos. O Centro Tricontinental (sediado na Bélgica) joga suas fichas em Lula e no time do Foro de São Paulo. A Comissão Trilateral (também européia) aposta em Heloísa Helena. E o norte-americano CFR (Council on Foreign Relations), que opera o Diálogo Interamericano, fecha com Geraldo Alckmin. Em comum, os membros desses grupos de poder têm o controlador de seus investimentos: os banqueiros Rothschild. Os ingleses coordenam a oligarquia financeira e petrolífera que comanda o mundo.

A banda do poder mundial toca afinadinha, há séculos. O primeiro escalão do poder é a Oligarquia Bancos & Petróleo, que age a partir da base anglo-norte-americana, tem entre seus membros os Rothschild, a British Petroleum, a Shell, os Banco Barclay´s e o HSBC (do lado inglês e europeu) e os Rockfeller, a Exxon, a Móbile e a Texaco (do lado dos EUA). O segundo escalão, que segue as ordens do primeiro, é formado pelas Bolsas de Valores que comandam os negócios mundiais: a tradicional City de Londres e a recém fundada bolsa de valores transatlântica. Esta nova empresa financeira foi o resultado da fusão da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) com o grupo europeu Euronext, que administra as Bolsas de Paris, Bruxelas, Amsterdã e Lisboa, além de derivativos em Londres.

No terceiro escalão do poder mundial, vêm os bancos centrais do Reino Unido e dos Estados Unidos. O Bank of England e o Federal Reserve Board, que é um organismo privatizado, cuja a imagem é vendida como a de “um banco central independente”. No quarto escalão do poder, estão os ministros da Fazenda destes dois países, que implementam a política monetária definida pelos controladores, impondo-a ao resto do mundo. São eles os propagadores da “religião” do Monetarismo, uma aberração do pensamento único na política econômica.

Este é o papel histórico do Chancellor Exchequer inglês e do Secretário do Tesouro norte-americano. Curioso é notar que, apenas no quinto escalão do poder, aparecem os “políticos” dos EUA e do Reino Unido. O presidente dos EUA e o Primeiro Ministro inglês seguem as ordens dos controladores, executando-as e difundindo-as para o resto do mundo. Para isso entra na jogada o sexto escalão do poder mundial, formado pelas instituições financeiras multilaterais, como o Banco Mundial, FMI e Banco Interamericano de Desenvolvimento (no caso da América Latina).

Apenas a partir do sétimo escalão começam a aparecer os governos formais dos países em desenvolvimento. A sétima escala deste poder é formada pelo Banco Central do Brasil, cujos interesses e diretrizes controlam o oitavo escalão, formado pelo Ministério da Fazenda. O Presidente do Brasil, figura que agora vamos eleger (ou reeleger) aparece apenas no nono escalão da esfera do Poder Real. Enquanto não tivermos soberania e autodeterminação, ele será uma mera marionete que finge comandar nossas organizações político-administrativas, na verdade dirigidas pelos interesses dos controladores externos.

Eles têm pelo menos dois objetivos bem definidos, para justificar seu controle. O primeiro é a exploração econômica da nação e dos recursos naturais do seu território. O segundo é a contenção das potencialidades sócio-econômicas, políticas e militares da Nação, na medida exata de seus interesses transnacionais. Os controladores manipulam agentes conscientes e inconscientes na esfera político e econômica. Agindo sobre as organizações político-administrativas (OPAs), os controladores atuam em quatro frentes aparentemente distintas, porém intimamente ligadas em um organograma.

A ação não segue diretamente tal ordem – aqui descrita apenas para efeito didático e expositivo. A ação dos controladores é concomitante sobre as OPAs. A primeira frente são os agentes de influência, formados pela mídia, as ONGs e os Movimentos Populares. A segunda frente, que é a força motriz do mecanismo de poder, são os partidos políticos no poder. A terceira frente é a institucional, cujos componentes funcionam como forças de sustentação da ação dos controladores. Trata-se do governo formal, formado pelo Executivo, Legislativo e Judiciário.

Neste caso, como instrumentos de legitimação do controle institucional, merecem destaque o Ministério Público, as Forças Policiais e a Receita Federal. Configura-se, neste caso, o sutil controle sobre o aparelho repressivo do Estado. Aí ficam evidentes quais são os três instrumentos de dominação básicos empregados pelo controlador e seus agentes conscientes e inconscientes, nas instituições ou em torno dela, na esfera político e econômica de poder. Os instrumentos são: as ideologias; as diferenças regionais (sejam econômicas, sociais, religiosas e raciais); e, no caso extremo, a violência e sua evolução que é o terrorismo. Neste último caso, entra em cena o chamado “quarto elemento” ou a quarta frente de ação do poder controlador. Tratam-se das Forças Subterrâneas ou atividades criminosas executadas pela narcoguerrilha urbana e rural.

Quando as quatro frentes atuam coordenadas, temos o chamado “Governo do Crime Organizado”. Doutrinariamente, o GCO é a sinistra associação objetiva de criminosos formais de toda a espécie com membros dos poderes estatais, para a prática de ações delituosas. Os bandidos utilizam a corrupção sobre as instituições republicanas como o principal meio para atingir seus fins. O crime não se organiza sem a participação do Estado. Por isso, principalmente no Brasil, mas também em outras nações, podemos ironizar que estamos vivendo em um “Estado Cleptocrático sem Direito”. O crime organizado utiliza a corrupção, a violência e as sutilezas ideológicas como instrumentos de dominação da sociedade.Em sua origem grega, a palavra Cleptocracia, significa, literalmente, "Estado governado por ladrões".

Na Cleptocracia, não existe Democracia, que é definida como “a segurança do Direito”. Neste regime, impera a injustiça. Institui-se o legítimo “direito de roubar”, que é a negação de qualquer Direito. Na conjuntura cleptocrática, o poder Judiciário se transforma, na melhor hipótese, em agente inconsciente da legitimação do crime organizado, em parceria com os poderes Executivo e Legislativo. Mas a classe política, como força motriz no poder, é o principal agente consciente do crime organizado.

Conceitualmente, o governo do crime organizado ocorre quando uma nação deixa de ser governada por um Estado de Direito imparcial, com segurança, e passa a ser governada pelo poder discricionário de pessoas que tomaram o poder político nos diversos níveis. Estes agentes conscientes do crime conseguem transformar seu poder político em valor econômico. Atinge-se o estágio cleptocrático do Estado, quando a maior parte do sistema público governamental é subjugada por sujeitos que praticam a corrupção política e econômica, nos apodrecidos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Na cleptocracia, o Estado funciona como uma máquina para a extração ilegal de renda da sociedade. Os mecanismos jurídicos e institucionais – como a Lei de Licitações, por exemplo – cumprem este papel criminoso. A corrupção se legitima como uma tática de negócio na relação entre o Estado e as empresas prestadoras de serviço ou fornecedoras de bens. Os exemplos de atuação política da organização criminosa são variados, porém bem claros no Brasil. Vejam o caso do “mensalão” (tecnicamente definido como a propina periódica paga a políticos ou aliados de um governo, resultante de participações de empresas que prestam serviços ou vendem produtos para o poder Estatal).

Depois que se entende esse complicado e nem sempre perceptível mecanismo de poder do Governo Mundial, fica praticamente banal promover qualquer debate acerca de uma previsão eleitoral para o próximo domingo. Não interessa quem vença formalmente a eleição. Os vencedores do pleito, de fato e mais uma vez, serão nossos controladores políticos e econômicos. Eles não jogam o destino de seus objetivos, interesses e negócios no Cassino do Al Capone, que tem até urna eletrônica para iludir os apostadores mais inocentes.

Se Lula não tivesse sido sustentado pelos controladores, já teria caído ou afastado, há muito tempo, do seu aparente poder, que é o poder apenas formal do Estado brasileiro – que obedece a um Governo Real Mundial. Lembremos sempre: o presidente do Brasil aparece apenas, como um boneco do ventríloquo, no nono escalão do poder. E a teoria não vale apenas para o coitado do Lula, que vive embriagado pelo poder, mas para todos os presidentes de um Brasil sem soberania e autodeterminação. FHC era apenas um boneco com o intelecto mais refinado, que fez seu dever de casa muito além das expectativas dos controladores, em tempos de grave instabilidade econômica mundial.
Jorge Serrão

2 comentários:

Anônimo disse...

Movimentos sociais não receberiam mais recursos públicos,centrais de sindicatos seriam desfeitas,ONGs sem recursos público, Fundações para qualificação profissional sem recursos público.
Lideres religiosos, de movimento sociais e de sindicatos seriam inelegíveis.
Transferir para os Estados e Municípios os serviços de capacitação.
Imunidade parlamentar, apenas para o direito de expressão.
Voto aberto em todas as seções.

A Constituição?
Bem, esta precisa ser alterada, então que seja logo!

Vamos acabar com grande parte da corrupção.

CK

Anônimo disse...

Enquanto os ricos, clientes cativos do superávit primário, se empanturraram
com o dinheiro dos contribuintes – para em breve serem vitimados pelo calote
da falência do país –, os excluídos receberam cartões de esmolas em vez de
empregos, a classe média está prestes a ser extinta, os aposentados ficaram
endividados até o pescoço com o engodo do crédito contingenciado, a carga
tributária chegou ao nível do absurdo para sustentar um Estado perdulário,
empreguista, corporativista e corrupto, o emprego informal disparou, as
verdadeiras obrigações sociais do Estado não foram cumpridas, o crime
organizado impera nas grandes metrópoles, os investimentos estruturais para
garantir o desenvolvimento auto-sustentado não foram realizados, e o
assistencialismo paternalista ficou sem controle fazendo da relação do poder
público com a sociedade uma rua suja de lama e de mão única, a que leva ao
Estado Comunista de Direito.



A nova classe burguesa dos petistas, que saiu do pântano de um sindicalismo
sem pátria, mentiroso e corrupto, se lambuza sem cerimônia com os petiscos
milionários das sinecuras públicas que favorece seus milhares de militantes
contratados para serem leais ao projeto de poder perpétuo do fascismo
populista.



A sociedade perdeu o controle da festa com o dinheiro roubado dos
contribuintes e com as benesses de gastos públicos, sendo muito difícil
apontar um favorito para o campeonato nacional da leviandade, da hipocrisia
e da meliância com a coisa pública.

De Geraldo Almendra

CK