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sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Oposição já chama MTB de "cúmplice"

O Banco Central confirmou a parlamentares da oposição que até ontem ainda não tinha sido acionado para ajudar nas investigações sobre a origem do R$ 1,75 milhão usado pelos petistas no escândalo do dossiê Vedoin. Em nota oficial, depois de um encontro com lideranças políticas da oposição, o BC deu outra informação que revela o quanto a Polícia Federal está retardando as investigações: segundo o presidente do banco, Henrique Meirelles, a PF deveria investigar as instituições financeiras que fazem operações de compra e venda de dólares.

Para a oposição, o governo manobra para retardar a investigação e o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, age como 'cúmplice do crime'.

A nota oficial do BC diz que as informações dos bancos e corretoras que fazem operações de câmbio são mais completas do que as do Banco Central. 'Isso porque os contratos das operações de câmbio ficam arquivadas naquelas instituições, enquanto o Sisbacen mantém somente registros destas operações, dos quais não constam número de série e de cédulas', explicou a nota do BC.

Diante das informações do BC, os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Heráclito Fortes (PFL-PI) e José Jorge (PFL-PE) e o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) elevaram o tom da acusação de que o governo está usando a PF para obstruir as investigações.

Tasso e Heráclito, que são coordenadores da campanha do tucano Geraldo Alckmin ao Planalto, se reuniram na manhã de ontem com o presidente do BC e saíram da audiência se dizendo convencidos de uma manobra política. 'É um escândalo. O ministro tem de responder ainda hoje (ontem), senão estará claramente dando demonstração de que não está sendo republicano. Pelo contrário, estará sendo cúmplice de um crime', disse Tasso. 'Suspeito fortemente que a PF tenha todas as informações e esteja postergando (a conclusão das investigações) para depois das eleições', completou o senador, que é presidente do PSDB.

Para os senadores José Jorge, vice na chapa de Alckmin, e Heráclito Fortes, 'há uma operação-tartaruga para que nada seja apurado até as eleições'. O deputado Gabeira fez ao Estado esta síntese crítica das investigações: 'Até agora, a única informação concreta veio dos EUA e, mesmo assim, estacionou na PF.'

Durante o encontro com os senadores, Meirelles informou que o BC só poderia abrir uma investigação se recebesse, por via judicial, um pedido da PF. Informado das críticas da oposição, Thomaz Bastos foi irônico: 'É esperar demais da natureza humana que os presidentes de partidos, na véspera de uma eleição que lhes é desfavorável, não queiram gerar fatos públicos.' O diretor da PF, Paulo Lacerda, disse que os parlamentares 'estão em campanha'.

No fim da tarde, o BC recebeu dois pedidos de quebra de sigilo bancário da Justiça Federal. No primeiro, são solicitadas informações sobre o registro da entrada de dólares para o Banco Sofisa durante o mês de agosto. A Justiça também quer saber para quem o banco fez o repasse dos dólares em valores acima de US$ 10 mil no período entre 17 de agosto e 14 de setembro último. Feita a identificação, o BC terá de rastrear o destino final do dinheiro.

No outro pedido, a Justiça Federal solicitou ao BC dados sobre saques acima de R$ 10 mil - ou acima de R$ 2 mil em séries que passem de R$ 10 mil - nos bancos Bradesco, Bankboston, Safra e Banco do Brasil.

Um comentário:

Anônimo disse...

Se vc quer saber mais sobre MTB o narigão,DISK LINE.

CK