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quinta-feira, 7 de setembro de 2006

PMDB de Sarney e Calheiros já contabiliza 7 ministérios no 2ºmandato do Apedeuta


A ala lulista do PMDB prepara uma manobra em favor do Palácio do Planalto - e de si própria, naturalmente. A idéia é substituir o presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), pelo senador Renan Calheiros (AL) entre novembro e dezembro. Vem sendo costurada pelo senador José Sarney (AP), que tenciona ocupar pela terceira vez a presidência do Senado. Em caso de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PMDB ficaria nas suas mãos e tornaria executável o plano que tem - revelado ontem em entrevista ao Estado - de fazer um segundo mandato com o PMDB, tendo o PT como o líder da coalizão.
A idéia de Sarney está bem madura e já foi levada aos diretórios estaduais do partido. Mas há forte reação a ela, principalmente de veteranos do antigo MDB, como o senador Pedro Simon (RS). A campanha de Lula e a ala peemedebista ligada ao Planalto, no entanto, ignoram os protestos. Na segunda-feira, por exemplo, o presidente Lula fará uma visita a Goiânia. Antes de se encontrar com os representantes do PT, Lula fará uma reunião com o PMDB local, que aderiu oficialmente à sua candidatura há cerca de 20 dias, durante uma visita do prefeito de Goiânia, Iris Rezende, ao Palácio do Planalto. O PMDB de Goiás quer um dos prováveis sete ministérios que serão destinados ao partido.

Para o senador Pedro Simon, a ligação de Lula com uma ala do PMDB não passa de negociata. "O presidente Lula faz acordos na base do dinheiro", disse ele. Para o senador, isso fica claro quando o presidente da República mantém contatos não com todo o PMDB, mas apenas com um setor, comandado por Sarney, Renan Calheiros, Ney Suassuna (PMDB-PB) e o deputado Jader Barbalho (PMDB-PA).

"Ele (Lula) pegou o Sarney, o Renan, o Suassuna, o Jader e fez uma compra. A ideologia dessa gente é o dinheiro. E pelo que sinto, o Lula está querendo começar de uma maneira equivocada o seu segundo mandato pegando as mesmas pessoas para negociar o apoio oficial do PMDB", disse Simon. "Não tem chance nenhuma de eu apoiar o governo. É um apoio escandaloso. Tanto é assim que já estão negociando sete ministérios no próximo governo. Ou seja, já estão loteando os cargos", completou o peemedebista.

Michel Temer confirma que o partido parte para uma cisão irreversível.

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