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quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Freud ,mal explicado,volta ao foco das investigações da PF


Militante sindical no ABC convertido à condição de segurança de Lula nos anos 1990, Freud Godoy virou amigo do presidente e ganhou a confiança da família Da Silva. Chegou a Brasília como um dos pilares do tripé da segurança pessoal de Lula. Citado pelo petista Gedimar Passos, o homem que portava R$ 1,7 milhão no dia 15 de setembro e daria à bolada o destino dos cofres da Família Vedoin, até agora nada se provou contra ele. Em defesa encaminhada ao TSE no processo aberto pelas oposições contra o presidente, Gedimar reviu a confissão em que fala de Freud Godoy e disse que a fez sob força e recomendação do delegado da Polícia Edmílson Bruno. Problemas:

1. Ninguém crê na remissão de Gedimar e em sua nova tese para a citação de Godoy no primeiro depoimento à PF. Leia aqui o que acha o superintendente da PF em São Paulo, adversário interno do delegado Bruno.

2. Aparentemente, um escalão avançado de investigadores da Polícia Federal e do Ministério Público obteve dados de movimentação financeira de Freud Godoy e, nesses dados, constaria um depósito suspeito no valor de RS 396 mil. O depósito, que Freud nega existir, viria de uma corretora ligada ao megainvestidor Naji Nahas e teria sido entregue a Freud cinco dias antes da trapalhada do dossiê emergir. Leia aqui a denúncia e a negativa de Freud segundo a Agência Estado e, aqui, segundo o Consultor Jurídico.

Freud, seu advogado e os dirigentes mais apressados do PT são ingênuos se crêem que a inocência de Godoy será admitida antes da eleição do dia 29 pelos investigadores do dossiê e pela mídia -- mesmo que seja verdadeira. Ele está no limbo e assim ficará até lá. Não adianta espernear e acusar de ilegalidade quem distribuiu informações supostamente saídas de sua movimentação financeira -- em campanhas eleitorais, e sobretudo nessa campanha de segundo turno que flagra um Brasil dividido, regras civilizadas do Estado de Direito são revogadas e quem está no foco sangra e sofre. Óbvio que isso não é certo, mas infelizmente é a regra que vigora por aqui. Freud nega o depósito originado na corretora de Nahas. Quem o acusa precisará provar o que diz -- mas é possível que existam documentos apontando para esse caminho. Mesmo ilegais, serão transformados em estopim de nova crise que pode reacender o mesmo fogaréu que queimou a reeleição do presidente Lula no primeiro turno.

2 comentários:

Anônimo disse...

Como é inocente o Gedimar!
Advogado,com anos e anos como Agente Federal se sentiu coagido por um colega da PF e o que disse no depoimento ao Delegado Bruno foi sem querer.
Não é filiado ao PT e estava no Hotel contratado pelo partido com uma mala de dinheiro e não sabia o que era para fazer.
Não sei quem tem que sair primeiro, se o Lula ou o MTB!

CK

Anônimo disse...

A bolada suspeita de Freud
www.fenapef.org.br/htm/com_noticias_exibe.cfm?id=39819

CK