Eliane Cantanhede, da Folha, chora lágrimas de sangue por estar recebendo emals ofensivos dos lulistas. Só agora? Por onde andava Mrs.Cantanhêde? Há muito tempo os não-lulistas, os que discordam dos métodos do Governo Quadrilheiro, são agredidos. Nos blogs, tais práticas são comuns. Parte do trabalho dos blogueiros é eliminar dos comentários aqueles que são chulos e ofensivos.
Muitos jornalistas, por leniência e apego ao politicamente correto -que se resume à aprovação ou mera complacência a tudo que Lula e o PT dizem e fazem- ignoraram a agressividade petista, até que esta agora chegou aos seus quintais. Era fatal que isso ocorresse. Trata-se de um método, e não de um acaso. Só não viu quem não quis ver.
Começou mal
Enquanto Lula faz pose de estadista e fala manso em todas as TVs, pedindo uma trégua à oposição em nome da governabilidade, do bem do país, da tranqüilidade dos brasileiros e não sei mais o quê, o tom no PT é muito diferente. O ministro da articulação política, Tarso Genro, e o presidente do partido e coordenador da campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, metem a ronca na imprensa, incentivando, indiretamente, uma reação raivosa contra os jornalistas. Você, leitor, não tem idéia dos e-mails que os petistas que não têm nada de "paz e amor" fazem circular pela internet e mandam aos montes para jornalistas, inclusive para nós, colunistas da Folha, agressivos e, não raro, injustos.Num e-mail, um alucinado me chamou de "vaca nazista" por considerar que, ao registrar e comentar todos os escândalos produzidos no primeiro mandato de Lula, eu seria "antilulista", "antidemocrática", "da direita e da elite". Há um oceano entre o discurso de Lula e os desses lulistas, como há um oceano entre os fatos e as versões, que não reconhecem o parecer do procurador-geral da República, acusando a existência de "uma quadrilha", nem a compra de partidos e parlamentares, nem compra de dossiê, nem os processos contra os ex-ministros Palocci e Dirceu. Essas coisas não são e não foram criação de jornalistas, muito menos dos colunistas da Folha. São fatos, estão sendo apurados e divulgados, como em todos os governos pós-ditadura militar. Jornalistas não somos santos. Mas querer transferir responsabilidades e partir para a ignorância não leva a nada. E atrapalha, muitíssimo, qualquer tentativa de pacificação do clima político, como deseja -e precisa- o próprio Lula. Críticas, sim, até porque nós somos muito críticos e temos de saber ser criticados. Mas não a agressões e palavrões, muitos deles anônimos e duplamente covardes.
Enquanto Lula faz pose de estadista e fala manso em todas as TVs, pedindo uma trégua à oposição em nome da governabilidade, do bem do país, da tranqüilidade dos brasileiros e não sei mais o quê, o tom no PT é muito diferente. O ministro da articulação política, Tarso Genro, e o presidente do partido e coordenador da campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, metem a ronca na imprensa, incentivando, indiretamente, uma reação raivosa contra os jornalistas. Você, leitor, não tem idéia dos e-mails que os petistas que não têm nada de "paz e amor" fazem circular pela internet e mandam aos montes para jornalistas, inclusive para nós, colunistas da Folha, agressivos e, não raro, injustos.Num e-mail, um alucinado me chamou de "vaca nazista" por considerar que, ao registrar e comentar todos os escândalos produzidos no primeiro mandato de Lula, eu seria "antilulista", "antidemocrática", "da direita e da elite". Há um oceano entre o discurso de Lula e os desses lulistas, como há um oceano entre os fatos e as versões, que não reconhecem o parecer do procurador-geral da República, acusando a existência de "uma quadrilha", nem a compra de partidos e parlamentares, nem compra de dossiê, nem os processos contra os ex-ministros Palocci e Dirceu. Essas coisas não são e não foram criação de jornalistas, muito menos dos colunistas da Folha. São fatos, estão sendo apurados e divulgados, como em todos os governos pós-ditadura militar. Jornalistas não somos santos. Mas querer transferir responsabilidades e partir para a ignorância não leva a nada. E atrapalha, muitíssimo, qualquer tentativa de pacificação do clima político, como deseja -e precisa- o próprio Lula. Críticas, sim, até porque nós somos muito críticos e temos de saber ser criticados. Mas não a agressões e palavrões, muitos deles anônimos e duplamente covardes.