Pesquisar este blog

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Ideli quer livrar seu amigo churrasqueiro

Essa senatriz é a expressão máxima do escrotismo petralha no senado
Depois de seis meses de funcionamento, integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas deverão aprovar hoje o relatório final com a recomendação de indiciamento por crime eleitoral e contra o sistema financeiro de quatro envolvidos na suposta compra, pelo PT, do dossiê contra políticos tucanos. Parlamentares da base aliada tentarão tirar do relatório o pedido de indiciamento ao Ministério Público (MP) contra o ex-analista de Risco e Mídia da campanha do presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva, Jorge Lorenzetti, que foi apontado pela Polícia Federal (PF) como o mandante da compra do dossiê antitucano. “Só pode ter pedido de indiciamento se o relator apresentar provas”, argumentou a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC).

Ideli reconheceu que o maior empecilho para a aprovação do parecer é o pedido de indiciamento de Lorenzetti, que é do estado dela. Ideli sinalizou que não pretende fazer um cavalo de batalha nem tornar inviável a votação do documento, caso não se chegue a um acordo para a retirada do nome dele. “É muito pior acabar a CPMI sem relatório” observou ela.

Ideli também defendeu, no relatório final, o pedido de indiciamento do empresário Abel Pereira, que é ligado ao ex-ministro da Saúde e atual prefeito de Piracicaba, no interior de São Paulo, Barjas Negri (PSDB). “Mas não vou brigar para colocar nada no relatório que não tenha a convicção que a Polícia Federal já esteja fazendo”, disse a líder do PT no Senado. Na avaliação de Ideli, a CPMI “não acrescentou nada”, uma vez que todas as investigações e descobertas foram feitas pela PF.

A comissão parlamentar tem o prazo de funcionamento até a próxima terça-feira. O relatório do senador Amir Lando (PMDB-RO) será apresentado hoje à comissão de inquérito. Governistas e oposicionistas negociam para que o documento seja votado ainda hoje. Temem que, se a votação ocorrer somente na próxima semana, não haja quórum na comissão, uma vez que, na terça-feira vários deputados serão diplomados nos estados.

Além de Lorenzetti, Lando proporá o indiciamento do empresário Valdebran Padilha e do advogado Gedimar Passos, que foram presos em 15 de setembro com R$ 1,75 milhão no Hotel Íbis, em São Paulo. Esse dinheiro seria usado para a compra do dossiê contra políticos tucanos. Já o ex-coordenador de Comunicação da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) Hamilton Lacerda será acusado de ter levado o R$ 1,75 milhão para Padilha e Passos. Sob a alegação de falta de provas, Lando não apontará a origem do dinheiro para a compra do dossiê. A interlocutores, o relator confidenciou ter certeza que o dinheiro veio de caixa dois de campanha eleitoral.

O relatório final da CPMI também concluirá que não há como apontar culpados no PSB, que comanda o Ministério da Ciência e Tecnologia, de envolvimento com a máfia das ambulâncias.


Nenhum comentário: