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sexta-feira, 13 de abril de 2007

Agora, o PT admitiria a CPI do Apagão na Câmara para esvaziar a do Senado

Base aliada acha que tem mais controle na Câmara e aguarda desfecho no Senado



Um movimento inusitado na base aliada pode levar a uma solução surpreendente em termos de formação da CPI do Apagão. A articulação da oposição no Senado, que já tem a resistência do presidente Renan Calheiros, gerou novas reflexões na bancada governista na Câmara. Líderes do governo admitiriam instalar a CPI do Apagão Aéreo na Câmara para impedir que a oposição consiga reunir as assinaturas necessárias para viabilizar a CPI no Senado Federal. E essa mudança, se evoluir, só terá uma razão política, esvaziar ou impedir a CPI no Senado, onde o governo não tem o mesmo controle que exerce na Câmara.

Oficialmente a liderança do governo na Câmara nega essa articulação, que viria a contrariar tudo que a bancada governista tentou até agora. E faz questão de dizer que quem decide sobre a CPI é o STF. Outro líder governista, o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes, porém, reconhece um possível recuo. "Eu sugeri que a CPI fosse instalada imediatamente na Câmara até mesmo para acabar com essa brincadeira no Senado".

Na oposição, as posições não estão bem definidas. O PSDB até concorda em desistir da CPI no Senado, se sair a da Câmara Mas este não é o pensamento do DEM ( ex-PFL) que aceita as duas CPIs, na Câmara e Senado. No Senado, a oposição praticamente já tem o número exigido de assinaturas.

Democratas insistem

O líder do DEM (ex-PFL) no Senado, José Agripino Maia, garante que já tem 26 assinaturas de senadores no requerimento que pede a instalação da CPI. São necessárias 27 assinaturas para viabilizar a comissão.

Os oposicionistas, no entanto, vão continuar a busca por novas assinaturas como medida de segurança. A oposição deve protocolar o pedido de instalação da CPI na semana que vem. E esse é o fato que passou a preocupar o governo, pois sabe que a oposição no Senado é mais articulada e incontrolável. Na Câmara, o quadro é diferente, mas quem evitou sua formação foi o próprio governo, que agora parece um pouco arrependido.

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