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sexta-feira, 13 de abril de 2007

Apedeuta 4 ever

Durante jantar com deputados, senadores, governadores e ministros do PMDB, na noite de quarta-feira (11), Lula deixou muito claro que deseja manter o projeto de poder da atual coalizão governamental por muitos anos. Referiu-se ao seu governo como um “projeto de nação.” E insinuou que pretende eleger em 2010 um presidenciável identificado com esse projeto.

Lula deixou antever que ambiciona um projeto ainda mais longevo. Disse que não pensa apenas no próximo mandato, para o qual, fez questão de realçar, está impedido de concorrer. Pensa, segundo afirmou, no Brasil de seus netos. O discurso deixou a platéia alvoroçada. O PMDB tem a pretensão de indicar o candidato da coalizão à sucessão de 2010.



Embora Lula não tenha se comprometido explicitamente com o projeto do partido, os seus comensais entenderam que, ao explicitar os seus planos num jantar peemedebista, o presidente não exclui a hipótese de abraçar a candidatura de um político do PMDB à sua sucessão. Lula parece inclinar-se, porém, em outras direções. Em privado, vem manifestando simpatias por nomes como Jaques Wagner (PT-BA) e Ciro Gomes (PSB-CE). De resto, dá a entender que pode concorrer, ele próprio, na sucessão seguinte, em 2014.

eis políticos que participaram do jantar com Lula. Contaram que o presidente mostrou-se otimista. Embalado pelos altos índices de popularidade, esboçou em seu discurso uma estratégia ambiciosa. Disse que, além de lançar candidato à presidência, as legendas da coalizão precisam se organizar para ampliar a sua participação no cenário político em todas as eleições –para as prefeituras, para os governos estaduais e para os legislativos estadual e federal.


Como a justificar a aliança com um PMDB apinhado de ex-inimigos políticos, Lula deu de ombros para a ideologia. Segundo o relato daqueles que o ouviram, o presidente disse que o que determina a coloração ideológica de um político são as circunstâncias. E um político, de acordo com o seu raciocínio, não pode manter-se alheio à evolução da história. Chegou mesmo a dizer que, na década de 70, votar em peemedebistas como Orestes Quércia (SP) e Jader Barbalho (PA) era considerada uma opção “progressista.”

Frase do discurso Apedêutico:

"Qual é o cidadão que tinha pensamento progressista que, em 1974, não votou no Quércia para senador em São Paulo? Quem é o progressista deste país que, em 1978, não votava em Jader Barbalho para deputado federal no Estado do Pará?"


De resto, elogiou efusivamente o ex-presidente José Sarney (AP).

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