Ele lembra que, além das sugestões de indiciamentos, que adiantaram nomes que estão no rol de suspeitos da Polícia Federal, a CPI apresentou propostas legislativas que vão ao encontro do que está sendo constatado na Operação Furacão.
Uma delas estabelece a criminalização da exploração de jogos de azar no Brasil e cria mecanismos que facilitam a investigação do crime de lavagem de dinheiro. Segundo o senador, não se pode mais considerar a exploração de jogos apenas como contravenção. “As investigações da CPI e as operações da Polícia Federal apontam que devemos tratar essa questão como uma questão de Estado”, afirma Alves Filho. O parlamentar acredita que esse é um momento oportuno para que o projeto tenha andamento no Congresso Nacional.
Outra proposta apresentada pela CPI foi a que estabelece que cada vez que houver uma liminar autorizando a exploração de jogos de azar, um ofício deve ser remetido ao tribunal responsável. Isso tornaria o processo mais transparente e poderia constranger a corrupção no Judiciário, segundo o senador. A comissão também propôs que seja criado recurso no caso de um juiz negar requerimento de busca e apreensão ou de grampos telefônicos.
Todos os projetos de lei apresentados pela CPI dos Bingos estão aguardando a designação de relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal. Na avaliação do senador Garibaldi Alves Filho, a rápida tramitação dessas propostas poderia auxiliar o trabalho da Polícia Federal. “Se os projetos tivessem sido aprovados, nós teríamos tido a Polícia Federal muito mais aparelhada para enfrentar essa onda de lavagem de dinheiro através de bingos e máquinas caça-níqueis ilegais”, afirma o parlamentar.
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