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domingo, 9 de setembro de 2007

Impunidade , esquecimento e cretinice

Na véspera de completar seis anos da morte de Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, atividades serão realizadas hoje para manter viva a memória do ex-prefeito de Campinas, no interior de São Paulo. A família optou por antecipar os atos para este domingo, para ter mais audiência, mesmo sendo parte de um feriado prolongado. "No domingo as pessoas não trabalham e fica mais fácil de participar", comenta Roseana Garcia, viúva de Toninho.

O então prefeito de Campinas foi assassinado do dia 10 de setembro de 2001. Ele havia ido ao Shopping Iguatemi trocar uma roupa, após suas atividades diárias do cargo que exercia. No trajeto, três tiros foram disparados por quatro ocupantes de um Vectra prata em direção ao Palio do prefeito - um deles atingiu fatalmente Toninho.

As atividades começam, a partir das 10 horas, na Avenida Mackenzie, próximo ao Shopping Iguatemi, onde Toninho foi morto. Lá estão previstas uma abertura com duas sacerdotisas, um ato contra a impunidade e um terço em memória do prefeito. À noite, às 19h, uma missa está agendada na Igreja Nossa Senhora Aparecida, no bairro Jardim Proença, onde Toninho viveu durante muitos anos de sua vida, em um casarão histórico.

Se Antonio ainda estivesse vivo, teria, em 10 de setembro de 2007, 55 anos, e, para Roseana, estaria "muito provavelmente no seu segundo mandato de prefeito". "Antonio era um urbanista apaixonado por Campinas e a cidade estaria bem melhor hoje se ele não tivesse sido assassinado. Mas estaria melhor para as pessoas preocupadas com o bem comum".

Ora com discurso mais duro, ora com os olhos marejados, Roseana conta que, apesar de mais descrente sobre um desfecho "justo" sobre as investigações, ela mantém a luta. "O que me fez agüentar firme foi a minha indignação frente ao descaso das autoridades em esclarecer o crime, foi ter conhecido de perto a podridão das instituições que, em princípio, deveriam proteger o cidadão. Mas acho que foi meu amor por Antonio que realmente me deu forças".

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