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quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Oposição obstrui o senado

Pelo segundo dia consecutivo, a oposição conseguiu derrubar a sessão do Senado, fazendo valer o processo de obstrução que se dispôs a levar adiante como estratégia para obrigar o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), a se licenciar do cargo, pelo menos até a conclusão da tramitação das representações contra ele no Conselho de Ética. Na chegada ao plenário, logo depois de um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, Renan tentou retomar a votação da véspera, referente à indicação de Luiz Antônio Pagot para a direção geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit). Mais uma vez não houve quórum.

Ontem à noite, apenas 37 parlamentares atenderam ao chamado de Renan para votar, quatro a menos do que o necessário para validar a votação.
O empenho de Renan para garantir a retomada das votações, depois de ter sido absolvido pelo plenário na semana passada, começou cedo. Na chegada ao Senado, por volta do meio-dia, se reuniu com alguns líderes governistas, como a senadora Roseana Sarny (PMDB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR) e Valdir Raupp (PMDB-RO).

Renan diz que obstrução não é contra ele Pouco antes de Renan dar início à votação do dia, os quatro voltaram a conversar em plenário, sem esconder a preocupação com nova vitória da obstrução.Atropelado mais uma vez por uma série de pedidos para falar, ele só conseguiu dar início à votação da indicação de Pagot às 19h26m. Quase 30 minutos depois, foi obrigado a encerrar a sessão, sem votação, mas minimizou o resultado e tentou jogar a responsabilidade do fracasso da votação na conta dos líderes partidários, dizendo que a obstrução não é contra ele.

— Não há obstrução contra ninguém, mas em função de uma pauta. Cabe ao presidente do Senado apenas presidir a sessão.

Essas fases passam — disse.

Sobre os riscos desse tipo de confronto atrapalhar a aprovação da prorrogação da CPMF no Senado, Renan mais uma vez deixou claro que o empenho pelo entendimento deve partir do governo.

— A CPMF está na Câmara.

Não é agonia dos nossos dias.

Só depois que chegar aqui é que vamos nos preocupar. Claro que essa é uma matéria importante, mas a pauta do Senado tem de ser definida pelos líderes partidários. É bom que se diga, porém, que quem quiser acabar com a CPMF, também vai acabar com o Bolsa Família — salientou.

Um comentário:

Anônimo disse...

ZEPOVO

É o Congresso atrapalhando e paralisando o Brasil! Se Renan ficar ( e vai ficar) vamos poder avaliar com clareza o que é nosso Congresso, e que sem nossos Senadores, Lula poderia fazer mais pelo Brasil e mais rápido.

Já está claro para o povo qual a serventia do Congresso e à quem ele serve!