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segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Paraíso dos políticos larápios

Cacciola, Maluf, Silveirinha são apenas alguns dos quase 600
nomes. Sem contar o homem de 2 bilhões de dólares, o atual
ocupante do Palácio do Planalto.

O país que ocupa posição de destaque no ranking mundial da corrupção e lavagem de dinheiro é um dos mais incompetentes quando o assunto é a repatriação de recursos ilícitos enviados ao exterior. Dos cerca de R$ 500 milhões que circulam por paraísos fiscais há mais de uma década, as autoridades brasileiras conseguiram trazer de volta menos de US$ 2 milhões, R$ 3,6 milhões em valores de hoje. Destes, US$ 1,11 milhão estava depositado em nome do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, numa conta nas Ilhas Cayman, e US$ 800 mil foi fruto de leilão feito em Nova Iorque de um apartamento que pertencia ao ex-juiz trabalhista Nicolau dos Santos Neto, acusado, em 1998, de desviar R$ 196 milhões, em valores da época, das obras superfaturadas do Forum Trabalhista de São Paulo.
A lista de fraudadores que enviaram fortunas ao exterior é extensa, liderada pelo ex-banqueiro Salvatore Alberto Cacciola. Na época da quebra do Banco Marka, Cacciola teria desviado R$ 1,5 bilhão dos cofres públicos. Com a extradição do ex-banqueiro preso em Mônaco para o Brasil, a Justiça Federal e o Ministério da Justiça vão começar o trabalho de localização, bloqueio e repatriação deste dinheiro. Cacciola foi condenado em 2005 a 13 anos de prisão por gestão fraudulenta e peculato. Mas até hoje as autoridades brasileiras não sabem onde foram parar os recursos desviados.

Um levantamento junto ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI), do Ministério da Justiça, aponta que existem atualmente 560 processos em andamento nos sistemas jurídicos internacionais e, desses, mais de 100 já resultaram em bloqueios de recursos, retirados ilegalmente do Brasil e procedentes de corrupção e lavagem de dinheiro. Sobre o volume de recursos envolvidos há duas vertentes. Uma delas apontaria um montante de R$ 500 milhões relacionados ao grosso da demanda e, a outra, numa faixa única, envolveria o deputado, ex-prefeito e ex-governador de São Paulo, Paulo Salim Maluf (PP). Em nome do deputado foram localizados e bloqueados US$ 230 milhões ou cerca de R$ 414 milhões.

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