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sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Juvenil do PT

'Operação Castelhana'
Polícia Federal prende deputado eleito do PT e mais 19 por fraudes de R$ 1 bilhão
23 de Novembro de 2006



A Polícia Federal e a Receita Federal realizaram nesta quinta-feira ação da "Operação Castelhana", com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de praticar crimes financeiros da ordem de 1 bilhão de reais contra os cofres públicos. A operação ocorre em cinco Estados: Minas, São Paulo, Rio, Paraná, Alagoas e também no Distrito Federal. Cerca de 250 policiais federais e 120 auditores da Receita Federal cumpriram 20 mandados de prisão expedidos pelo Juízo Federal da Vara Especializada em Lavagem de Dinheiro de Belo Horizonte, segundo a Folha Online. As prisões temporárias são válidas por cinco dias e têm o objetivo de evitar fugas de suspeitos, intimidação de testemunhas e ocultação de provas.

Entre os presos, há vários empresários, contadores, advogados e até um deputado federal eleito: Juvenil Alves (PT-MG). Ele é advogado, tem 47 anos, e foi detido em sua casa, em Belo Horizonte. Em seguida, foi levado para a sede da PF na capital mineira.

Em São Paulo, a PF já havia realizado uma operação nos escritórios de advocacia do político. Alves foi eleito com 110.651 votos nas eleições de outubro e, no suposto esquema de fraude, seria responsável por trâmites burocráticos no exterior e no Brasil, além da constituição de empresas de fachada.

O esquema - O esquema de fraudes, operado a partir de Belo Horizonte, fazia uso de sociedades anônimas estabelecidas no Uruguai e na Espanha e registradas em nome de "laranjas". Assim, ocultava bens de empresários brasileiros e os livrava das cobrança de impostos. Em seguida, as companhias registradas no exterior constituíam sociedades no Brasil, que adquiriam o patrimônio dos empresários e transferiam para si a propriedade dos bens.

As investigações apontaram ainda que tanto as empresas estrangeiras como as sociedades nacionais encontravam-se em nome de "laranjas" com o objetivo de ocultar crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal, informação falsa em contrato, estelionato contra a fazenda pública, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Somadas as penas para esses crimes prevêem punicões de até 35 anos de reclusão.

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