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sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Ligações Perigosas

O Globo

A perícia do Instituto Nacional de Criminalística da PF no telefone celular de Gedimar Passos revela mais ligações perigosas, dessa vez, no sentido literal da expressão, do acusado de envolvimento com o chamado escândalo do dossiê.
Gedimar Passos foi preso na madrugada do dia 15 de setembro com o empresário Valdebran Padilha e R$ 1,7 milhão no hotel Ibis Congonhas. O dinheiro seria usado para a compra de documentos que supostamente incriminariam candidatos tucanos.
Mesmo já estando preso na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, Gedimar ligou, do próprio celular, para outros três envolvidos na tentativa de compra de documentos contra políticos tucanos. Foram telefonemas para Jorge Lorenzetti, ex-chefe do serviço de inteligência do PT, para Hamilton Lacerda, ex-assessor do senador Aloizio Mercadante, e para um celular registrado em nome do comitê pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No momento em que fez as ligações, Gedimar estava à disposição do delegado federal Edmílson Bruno, que o encaminhou às 22h45m do dia 15 de setembro - dia da prisão - para o Núcleo de Custódia da PF em São Paulo. Segundo a PF, Gedimar e Valdebran Padilha não estavam presos. Apenas detidos e que, portanto, não haveria irregularidade nos telefonemas.
As quebras de sigilo dos envolvidos revelam, ainda, que, depois de falar com Gedimar, Lorenzetti ligou para o telefone de Osvaldo Bargas, ex-assessor de Ricardo Berzoini, também investigado por ter participado da negociação para compra do dossiê. Gedimar recebeu ligações do celular registrado em nome do comitê da campanha pela reeleição, do celular que seria usado por Hamilton e de Lorenzetti. No mesmo dia 15, os telefones celulares usados por Lorenzetti e Bargas receberam chamadas de aparelhos do Palácio do Planalto. Lorenzetti recebeu quatro ligações de números da Presidência da República. Bargas recebeu 14 chamadas

Um comentário:

Anônimo disse...

Pensei que o delegado Edmilson Bruno já estava preso. Trata-se uma figura perigosa.