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sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Mercadante desdiz "aloprados"

Em depoimento dado à Polícia Federal (PF) ontem, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) contradisse as declarações feitas pelo ex-secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho Oswaldo Bargas à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas e à própria PF. Mercadante, que depôs em sigilo ao delegado Diógenes Curado, em Brasília, informou que, no início da noite de 4 de setembro, 11 dias antes do estouro do escândalo, teve uma reunião com Bargas e o ex-diretor de Gestão de Risco do Banco do Brasil (BB) Expedito Veloso, acompanhada pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC), na qual os dois informaram que os Vedoin escondiam informações sobre a existência de irregularidades no governo tucano no Ministério da Saúde. Mencionaram a existência do empresário Abel Pereira como intermediário na liberação de recursos para ambulâncias. Segundo o senador do PT de São Paulo, no encontro, Bargas sugeriu que o PT usasse a audiência no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, marcada para o dia seguinte, com o objetivo de vincular o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), o prefeito de Piracicaba, no interior do Estado, Barjas Negri, e Pereira ao esquema sanguessuga. O empresário Luiz Antônio Vedoin deporia no conselho e a proposta era pressioná-lo durante a reunião para que contasse o que sabia a respeito de irregularidades contra os tucanos. “O encontro foi a pedido de Bargas. Eles estavam juntos e Expedito Veloso, que eu não conhecia, estava mais informado sobre os detalhes”, disse Mercadante, que falou sobre o conteúdo do testemunho. Bargas e Veloso são suspeitos de envolvimento na operação da suposta compra do dossiê.Além de complicar a situação dos “aloprados”, o senador também comprometeu o ex-coordenador de comunicação da campanha Hamilton Lacerda, que, segundo a PF, seria o “homem da mala”, responsável pela entrega do dinheiro que pagaria o dossiê no Hotel Íbis

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