Deputados do PT citados em cinco dos seis maiores escândalos do governo Lula dividiram ontem o mesmo auditório da Câmara para discutir a "reconstrução" do partido e a participação no segundo mandato do petista.
Entre os cerca de 70 petistas na sala podiam ser encontrados dez personagens de crises recentes.Eram seis acusados de envolvimento no mensalão: Paulo Rocha (PA), que renunciou no ano passado e fazia sua reestréia na Câmara; João Paulo Cunha (SP) e José Mentor (SP), reeleitos; e Professor Luizinho (SP) e João Magno (MG), que perderam a eleição. Ângela Guadagnin (SP), conhecida por ter dançado em plenário após a absolvição de Magno, completava o grupo.
Pelos "sanguessugas" compareceu José Airton Cirilo (CE), que fará sua estréia na Câmara em 2007. É suspeito de facilitar a liberação de verbas da Saúde para a empresa Planam. Outro que chega à bancada federal é José Guimarães, petista cearense que teve um assessor preso no escândalo dos "dólares na cueca".
Geraldo Magela (DF), retornando ao Congresso após quatro anos, foi acusado pelo ex-assessor da Casa Civil Waldomir Diniz, em 2004, de receber R$ 100 mil do empresário de jogos Carlinhos Cachoeira, em 2004. A crise mais recente, a do dossiê, tinha como representante o presidente licenciado do PT e deputado reeleito Ricardo Berzoini (SP).Da coleção de escândalos do governo, apenas o caso do caseiro não teve "representante". Seu pivô, o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, eleito deputado por São Paulo, não compareceu. Também faltou o ex-presidente do PT José Genoino, outro do escândalo do "mensalão", que hoje fará uma "festa da vitória" em São Paulo.
"Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lo."
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