Pesquisar este blog

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Temer acusa o PT do Mensalão2

Temer critica o PT pela forma como tenta atrair PMDB
Presidente do Partido vê diferença nas ações de Lula e grupos do PT
Antes mesmo da reunião de governadores e lideranças do PMDB prevista para o fim de semana em Florianópolis, o presidente do Partido, Michel Temer, está acusando o governo de reeditar processos de negociação, usados no primeiro mandato envolvendo trocas por apoio, sem buscar um acordo formal com a legenda. E advertiu que esse procedimento pode frustrar o projeto do Presidente que deseja ter todo o partido unido na sua base de apoio.
Neste fim de semana, a convite do governador reeleito de Santa Catarina, Luiz Henrique, dirigentes nacionais e governadores devem passar a limpo o atual cenário numa reunião que se estenderá até o fim de semana no Costão do Santinho.

Temer, que estará presente, porém, já começa a advertir sobre as negociações em curso. Para ele, o governo está fazendo tudo errado, de novo: "O presidente Lula disse que trataria com o partido como um todo, mas até agora só tem procurado alguns integrantes, isoladamente e, mesmo assim, na base da troca de cargos por apoio. Isso é desmoralizante para o partido."

O presidente da sigla, no entanto, mantém a disposição de ouvir o partido para fechar uma definição. Essa semana, por exemplo, os governadores devem tomar uma posição em reunião que ocorrerá em Santa Catarina. Temer permanece com a intenção de continuar dialogando, mas faz uma advertência diante de algumas reações internas.

Com Chávez

Durante sua passagem por Caracas, ontem, Lula comparou sua campanha eleitoral e seu primeiro mandato ao de Hugo Chávez, especialmente em relação às críticas que disse ter sofrido da imprensa. "Conheço um pouco a trajetória política do presidente Chávez. Assim como você, Chávez, eu fui vítima de incompreensão e de preconceito das pessoas que governaram o Brasil por séculos e que não admitem que alguém que queira cuidar do povo seja eleito", afirmou Lula, em discurso durante inauguração de uma ponte rodoferroviária sobre o Rio Orinoco, na Venezuela, construída pela Odebrecht.

Retrospecto

As reformas e a continuidade do exame das denúncias que marcaram o ano eleitoral devem estar em primeiro plano no cenário político de 2007. A oposição, mesmo desarticulada após o revés, vê com alguma reserva as ações do Palácio do Planalto, mas pode se tornar impotente se a base governista virar majoritária com a adesão do PMDB.

Para alguns mais pessimistas, o ano pode trazer maus resultados para a oposição e há quem recorra ao calendário histórico para basear seu temor. 2007 também traria uma "carga negativa" consigo como outros com final "7".

O Estado de Novo de Getúlio Vargas foi decretado em 1937; a Constituição outorgada pelo marechal Castelo Branco foi aprovada no primeiro trimestre de 1967; o pacote de abril do general Ernesto Geisel foi assinado em abril de 1977; a moratória foi decretada pelo presidente José Sarney em 1987 com todos seus prolongados efeitos negativos e a emenda da reeleição presidencial aprovada em 1997 pelo Congresso, deu mais um mandato a Fernando Henrique e Lula.

Mais CPI

O PPS, o PSOL e o PV estudam pedir a prorrogação dos trabalhos da CPI dos Sanguessugas, cujo encerramento está previsto para 18 de dezembro. Quem promove articulações é o deputado Raul Jungmann que pretende ouvir também a senadora Heloísa Helena do PSOL o deputado Fernando Gabeira do PV. O relatório final deverá ser apresentado no dia 13 de dezembro, mas uma prorrogação permitiria ouvir todos os implicados.

Nenhum comentário: