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quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Relatório final do dossiê

O relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas proporá ao Ministério Público (MP) o indiciamento de quatro envolvidos na suposta compra do dossiê contra políticos tucanos. Com cerca de 800 páginas, o texto será apresentado amanhã e apontará o ex-analista de Risco e Mídia da campanha do presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva, Jorge Lorenzetti, como mandante do crime.

Serão enquadrados em crime contra o sistema financeiro o empresário Valdebran Padilha e o advogado Gedimar Passos, presos em 15 de setembro com R$ 1,75 milhão em um hotel de São Paulo. O ex-coordenador de Comunicação da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), Hamilton Lacerda, será acusado de ter levado o dinheiro para Padilha e Passos. Tanto Lacerda quanto Lorenzetti serão alvo de pedido de indiciamento por crime contra o sistema financeiro.

O relatório final da CPMI não revelará, no entanto, a origem do dinheiro que seria usado para a compra de documentos que sugeririam o envolvimento de políticos tucanos com a máfia das ambulâncias. “Não tenho prova cabal da origem do dinheiro. Até poderia concluir que ele veio de caixa dois de campanha. Mas não há provas consistentes nem matemáticas disso”, argumentou o relator da comissão parlamentar, senador Amir Lando (PMDB-RO).

Técnicos da comissão de inquérito estão com dificuldades para tipificar as violações dos “aloprados” - como foram chamados por Lula os petistas envolvidos com a compra do dossiê antitucano. Eles não poderão ser enquadrados por formação de quadrilha porque, segundo um técnico do Senado, “quadrilha tem um caráter de continuidade”, o que não é o caso.

Instalada há seis meses, a comissão terminará no dia 19. O relatório final também não trará os nomes de 72 parlamentares - 69 deputados e três senadores - acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias. “Não preciso condenar todos os parlamentares de novo”, justificou Lando

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