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quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Pacotes conflitantes

Em meados de dezembro último, durante jantar com um grupo de empresários em São Paulo, Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, pediu calma aos que cobravam medidas drásticas para reduzir os gastos diretos do governo, e ensinou: “Vocês precisam entender o presidente. Vejam a trajetória dele. E vejam a quem ele deve sua reeleição. A obsessão de Lula é pelos pobres. Entre fazer o país crescer mais rápido e distribuir renda, ele distribuirá renda. Está certo? Não importa. É assim que será se depender dele. E em nosso país, um presidente pode muito”

Lula se vê numa encruzilhada,ou dá respaldo aos pobres ,que o reelegeram,apesar de tudo,ou põe o País nos trilhos,desvalorizando o dólar e gerando empregos,salvando nosssas empresas da bancarrota,eu aposto ,por essa declaração de Meirelles,que ele vai afundar o navio,mas salvar os pobres,que vão afundar num segundo estágio.

Governo pretende lançar outro plano, de cunho social

O governo vai lançar em janeiro o Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, designação dada ao pacote de medidas econômicas que visa o crescimento. Para Lula "acelerar, crescer e redistribuir são os verbos que vão reger o Brasil nos próximos anos". Ontem, o ministro Guido Mantega revelou que os detalhes do programa já foram definidos pela equipe do governo, mas o anúncio ocorrerá após as férias do presidente, que estará ausente do cargo entre os dias 5 e 15 de janeiro. Período em que ele, Mantega também estará viajando.

Presidente Lula posa ao lado de líder dos assentamentos de Tupanciretã e Jóia, no RS, beneficiados pelo Luz para Todos/Foto: Ricardo Stuckert/PR

O programa vai se concentrar em investimentos e infra-estrutura, com participação tanto do orçamento público como da iniciativa privada, que seria estimulada a investir no setor.

Ontem, ao comemorar o atendimento de 5 milhões de pessoas beneficiadas pelo programa Luz Para Todos, o presidente Lula revelou que o governo também quer lançar um pacote específico para a área social queintegre as políticas dos ministérios do setor.

"Faz um ano que eu estou pedindo aos ministros da área social: nós temos que ter uma espécie de pacote de cidadania, ou seja, quilombola, terra indígena, assentamento, periferia mais pobre, nós temos que chegar lá com saúde, com educação, com luz, com computador, porque é assim que a gente vai deixar o Brasil mais igualmente justo, ou pelo menos criar condições de dar oportunidade a todos”.

Lula lembrou que o governo deve fomentar programas sociais mesmo economicamente inviáveis, como o caso do próprio Luz Para Todos, para garantir benefícios à população. “Determinados programas sociais, se forem pensados apenas do ponto de vista da viabilidade econômica, eles não acontecem, porque o lucro que eles dão no primeiro momento não é retorno em dinheiro, é retorno em benefício, é ascensão social para as pessoas”.

Prefeito estranha

O prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia estranhou e criticou em seu blog, ontem, a declaração feita pelo presidente Lula que chamou de “terrorismo” os ataques do crime organizado. Para ele, a colocação é equivocada e teve repercussão negativa no exterior. E observa que “se há um ponto que diferencia o Brasil internacionalmente é que, nem por ameaça, existe no Brasil qualquer sinal de terrorismo."

Manifestou ainda preocupação com a promoção de grandes eventos esportivos no ano em que o Rio de Janeiro sedia o Pan-Americano, programado para julho.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, no entanto, está preocupado é com os últimos acontecimentos e deseja que a Força Nacional de Segurança Pública esteja no Estado antes do Carnaval, devendo se reunir também com os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica no Rio, para pedir uma colaboração ostensiva no policiamento. A troca de governo no Rio abriu caminho para esse entendimento com o governo federal.

Lula admitiu ontem até mesmo que a legislação poderia ser alterada para coibir ações como as registradas no Rio. Esse tipo de providência, aliás, foi proposta no Congresso Nacional, em meados do ano passado, depois dos ataques do PCC em São Paulo. Projetos foram apresentados e votados no Senado, mas não evoluíram. Agora podem ter seu processo legislativo concluído.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não deixa de ser interessante que Lulla veja terrorismo no Brasil e se negue a reconhecê-lo na Colômbia. Na verdade, ele fala qualquer coisa que lhe pareça soar bem e, como sempre, ouviu o galo cantar sem saber exatamente aonde. O que aconteceu em São Paulo(para sua incontida satisfação à época) e agora no Rio é, naturalmente, o uso de táticas terroristas, embora não terrorismo equivalente ao existente em outras partes do mundo. Até o terrorismo aqui é banal e de baixo padrão.